A Associação para o Desenvolvimento da Sociedade Civil Angolana – ADSCA, queixa-se de actos de discriminação contra mais de 700 cidadãos regressados que se encontram nos centros de acolhimento na Lunda.
Segundo ASCA, os quase mil regressados vivem em condições bastante "precárias" e sem acesso a registo civil, o que os impede de exercerem a sua cidadania e de trabalharem.
Os problemas são muitos: não têm a nacionalidade reconhecida, não têm registo civil, queixam-se da falta de alimentação, assistência mádica e medicamentosa, um drama nos centros de acolhimento da Lunda Sul.
João Paulo, responsável da ADSCA, disse à VOA que os retornados passam por momentos difíceis e que o Governo não está a cumprir os acordos assinados com o Acnur e que garantiram o regresso desses cidadãos angolanos.
“O problema é da discriminação porque nem há assistência”, disse.
Paulo, apela a comunidade internacional e o Governo a velarem pelos retornados que se encontram totalmente esquecidos, que de acordo com o responsável, morrem por falta de assistência médica.
“Se o governo angolano não os reconhece então a comunidade internacional terá de dar uma nacionalidade a esses cidadãos porque eles não podem ficar sem nacionalidade” disse.
Lembre-se que sem acesso a registo civil, os retornados ficam impedidos de trabalharem e de exercerem a sua cidadania.