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Renamo pode não participar nas eleições de Outubro


Afonso Dhlakama, líder da Renamo
Afonso Dhlakama, líder da Renamo

Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo, considera não haver razão para o prolongamento do período de recenseamento eleitoral.

Está tremida a participação da Renamo nas eleições gerais e presidenciais marcadas para 15 de Outubro próximo em Moçambique.

O principal partido da oposição quer o prolongamento do processo de recenseamento eleitoral e ainda hoje, 21, voltou a condicionar a desmilitarização dos seus guerrilheiros, a paridade e equilíbrio nos postos de chefia das Forças Armadas, Policia e Serviços Secretos do Estado.
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São duas exigências consideradas difíceis de digerir pelo Governo moçambicano que aceitou o primeiro pedido de prolongamento do inicio do recenseamento por 15 dias e alteração do pacote eleitoral para acomodar "os caprichos organizacionais" e de paridade da Renamo.

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo, considera que por enquanto não há razão para o prolongamento do período de recenseamento eleitoral, que termina a 29 deste mês, porque o processo atingiu 70 por cento do universo previsto, quando faltam ainda cerca de nove dias para o fim.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, considerado candidato presidencial natural da sua organização, ainda não se recenseou e por isso a Renamo solicitou prolongamento do processo.

Por outro lado, a Renamo nega desarmar os seus guerrilheiros, para continuar a usá-los na pressão ao Governo sobre paridade nos cargos de chefia das forças armadas, Polícia e Serviços Secretos do Estado.

Entretanto desde 1993, elementos indicados pela Renamo ocupam cargos de vice-Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas e de Comandante da Força Aérea de Moçambique.

Agora, a Renamo tem muito mais cargos e equilíbrio nas forças armadas de defesa e segurança de Moçambique, à porta das eleições gerais, ignorando outros partidos.
O chefe da equipa negocial do Governo, José Pacheco, considera que a exigência é absurda.

Com esta resposta negativa de José Pacheco e de Abdul Carimo, da Comissão Nacional de Eleições, o único recurso da Renamo é o recrudescimento de ataques armados ou boicote às eleições gerais de Outubro.

Fica agora em questão se a comunidade internacional irá intervir.
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