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Redistribuição da riqueza em Moçambique debatida pelo governo e Renamo


O diálogo entre o governo e a Renamo já cumpriu 111 rondas e, apesar de entrar no último ponto de agenda, continua com muitos problemas por resolver.

Em Moçambique, o governo e a Renamo iniciaram a discussão do processo de redistribuição da riqueza produzida no país, que é o último ponto da agenda do diálogo político bilateral em curso há pouco mais de dois anos.

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Trata-se de um ponto que foi imposto pelo partido de Afonso Dhlakama, no quadro das suas reivindicações em prol de uma nova ordem política e económica no país, que no caso vertente, quer acabar, segundo defende, com uma concentração dos recursos apenas num grupo restrito, que faz parte da nomenclatura do partido no poder.

"Nós queremos, basicamente, que os poucos recursos que o país possui tragam rendimentos partilhados por igual por toda a população, sem descriminação" disse Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo no Diálogo Político, sintetizando a sua proposta.

Este é mais um ponto da agenda que promete arrastar as negociações entre os dois maiores partidos políticos em Moçambique, por mais e mais rondas. No primeiro dia da discussão sobre a partilha dos recursos, a delegação do governo disse estar aberta a ouvir as propostas da Renamo.

"Estamos dispostos a ouvir as ideias que têm e vamo-nos pronunciar em função disso" disse o chefe da delegação do governo, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco.

O diálogo entre o governo e a Renamo já cumpriu 111 rondas e, apesar de entrar no último ponto de agenda, continua com muitos problemas por resolver. O principal tem a ver com a desmilitarização das milícias sob comando de Afonso Dhlakama, que apesar de fazer parte do acordo assinado em Setembro do ano passado, continua longe de se concretizar.

Os observadores dizem que o diálogo já produziu bons resultados, mas apelam a s partes para acelerarem a resolução dos pontos pendentes.

Refira-se que apesar dos avanços que o diálogo registou no passado mês, as partes continuam a trocar acusações de ataques militares contra posições mútuas, o que revela que o machado de guerra ainda não foi enterrado.

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