O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira, 11, ter recebido informações de que os Estados Unidos planeiam falsificar um novo ataque químico na Síria para culpar o Governo de Bashar al-Assad.
Putin fez essa afirmação ao lado do Presidente da Itália, Sergio Mattarella, que está em Moscovo.
“Temos informação de que uma provocação similar está a ser preparada... em outras partes da Síria, incluindo subúrbios do sul de Damasco, onde eles planeiam novamente plantar alguma substância para acusar as autoridades sírias de usarem [armas químicas]”, reforçou o líder do Kremlin, adiantando tolerar as críticas do Ocidente sobre o seu papel na Síria, mas espera que o tom se suavize.
Vladimir Putin voltou a dizer que deseja que autoridades internacionais conduzam uma investigação cuidadosa sobre o ataque químico perpetrado no último dia 4 na província de Idlib, no norte da Síria e garantiu que vai pedir a ONU para avançar com a iniciativa.
O Presidente russo afirmou ainda que o ataque americano à base do governo sírio lembra quando o ex-Presidente George W. Bush alegou que havia armas de destruição em massa no Iraque para justificar uma intervenção americano no país.
Mais tarde, ministério russa da Defesa acusou os rebeldes sírios de usar "substâncias tóxicas" nas regiões de Khan Sheikhun e da Guta oriental, perto de Damasco, para envolver o regime e provocar uma reação dos Estados Unidos.
"O regime de Bashar al-Assad não se interessa por usar armas químicas. Além disso, o exército não tem esse tipo de armamento, já que seu arsenal foi destruído entre 2013 e 2016 sob controlo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)", disse o ministério.