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"Provem uma corrupção minha que irei a pé ser preso", desafia Lula da Silva


Lula da Silva defende-se em São Paulo
Lula da Silva defende-se em São Paulo

Antigo Presidente brasileira refuta acusações e pede provas e não convicções aos procuradores.

O antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira, 15, a acusação do Ministério Público Federal de ser o "comandante máximo" da operação Lava Jato, além de ter recebido cerca de 1,4 milhões de dólares em luvas.

"Provem uma corrupção minha que irei a pé para ser preso", disse Lula num evento de líderes do Partido dos Trabalhdores (PT) em São Paulo, em que participaram também vários movimentos sociais.

O antigo Presidente voltou a negar irregularidades e afirmou que ganhou o direito de "andar de cabeça erguida" no país, tendo chorado em alguns momentos do discurso.

"Todas essas denúncias, tenho a consciência tranquila, e mantenho o bom humor porque me conheço, sei de onde vim, sei para onde vou, sei quem me ajudou a chegar onde estou, sei quem quer que eu saia, sei quem quer que eu volte”, afirmou Lula da Silva, que se assumiu como um "cidadão indignado" e não como político.

Provas e não convicções

"Nunca pensei em passar por isso”, continuou Lula, que acusou os procuradores de terem “construído uma novela” e que agora é hora de "concluir".

"Vão agora dar o desfecho, acabar com a vida política do Lula. Não existe outra explicação para o espectáculo de pirotecnia que fizeram ontem”, reiterou o antigo Presidente, que questionou como se convoca uma entrevista para apresentar a prova de um crime e se diz: "Eu não tenho prova, mas tenho convicção".

O líder trabalhista defendeu o fortalecimento do Ministério Público e da Polícia Federal, mas disse que é preciso ter responsabilidade.

"Respeito as instituições e respeito as leis. Vou prestar quantos depoimentos quiserem. É só me chamar", desafiou, dizendo que "quando eu transgredir a lei, me punam para servir de exemplo. Mas quando eu não transgredir, procurem outro para criar problema".

Ninguém está acima da lei

O ex-Presidente declarou ainda que "ninguém está acima da lei, nem um ex-Presidente, nem um procurador da República, nem um ministro do Supremo Tribunal Federal".

Lula lembrou que o seu Governo e O de Dilma Rousseff tomaram medidas para combater a corrupção, além do fortalecimento da PF e do MPF.

"Não é que somos mais honestos que ninguém, mas tiramos da sala o tapete que escondia a corrupção do país", advertiu o antigo Presidente que negou todas as acusações feitas pelo Ministério Público Federal, que o apontou como o líder da maior rede de corrupção do país.

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