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Protestos invadem cidades brasileiras antes da abertura do Mundial


Horas antes da abertura dos jogos já havia registo de feridos, entre eles dois jornalistas estrangeiros

O dia de abertura da Copa do Mundo aqui no Brasil começou com protestos violentos, presos e feridos, entre eles jornalistas estrangeiros e brasileiros. São as manifestações, contra os gastos excessivos com o evento num país de tantas carências, que vinham sendo anunciadas há meses.
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Na Zona Leste da cidade de São Paulo, as manifestações começaram nas primeiras horas do dia, na região que dá acesso à Arena do Corinthians, conhecida como Itaquerão, sede da abertura do mundial desportivo.

Os tumultos começaram em São Paulo quando a movimentação popular mal havia iniciado, assim como os registros de prisões e feridos. Entre eles, duas jornalistas da rede norte-americana CNN, um profissional da imprensa argentina e outro do Brasil.

Na capital paulista, o acto batizado como "Grande acto 12 de Junho não vai ter Copa!" é organizado pelo colectivo 'Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa', formado por diferentes movimentos sociais.

No Rio de Janeiro, as manifestações também começaram cedo e com muita confusão. Manifestantes interromperam o acesso ao aeroporto internacional, porta de entrada dos turistas estrangeiros na cidade que é o cartão postal do Brasil.

Em boa parte das capitais brasileiras há convocação de protestos durante todo o dia. Pelo menos oito cidades-sede devem contar com actos contra o torneio. Além da capital paulista e do Rio de Janeiro, as mobilizações devem ocorrer em Salvador, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília. Manifestações também foram convocadas pelas redes sociais em outras cidades do Brasil, como São Luís, Goiânia e Macapá.

Em alguns locais, como em Belo Horizonte (MG), os protestos não ganharam força desde o início do dia, mas o temor de tumultos e violência é grande. Comerciantes se protegem até os dentes dos manifestantes. Lojas, sobretudo de revenda de carros, gastaram cerca de 40 mil dólares com segurança, colocação de tapumes nas fachadas das concessionárias. Muitos contrataram segurança particular, incluindo, o uso de cães.

Além dos brasileiros nas ruas protestando, muitos que não saíram para as manifestações não escondem a revolta com o evento e mostram que a Copa do Mundo que começa não é cercada pela alegria que se esperava de uma país tão amante do futebol.

A grande expectativa, a partir do pontapé inicial desta quinta-feira (12), com a abertura dos jogos, é em torno de como deve ser daqui para frente. É saber até que ponto o país de chuteiras vai deixar o campeonato de lado para protestar.

É preciso registrar que, ao lado dos brasileiros nas ruas protestando, há aqueles animados, com roupas típicas para o momento, reunidos em bares. Muitos decoraram ruas, fachadas de prédios residenciais e comerciais.
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