O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, reuniu nesta segunda-feira, 13, com partidos parlamentares para analisar uma proposta por ele apresentada ao Chefe de Estado sobre a saída da crise política.
A proposta, ao que apurou a VOA, deverá ser objecto de discussão na próxima reunião do Conselho de Estado, prevista para esta quarta-feira, 15.
É uma iniciativa baseada no conteúdo do Acordo de Conacri, precisando que a figura do primeiro-ministro deve ser Augusto Olivais, um dos nomes propostos pelo Presidente da Republica, José Mário Vaz, aquando das negociações, sob a égide da CEDEAO.
A proposta de Cipriano Cassamá contradiz o recente discurso de José Mário Vaz, que defende a continuidade do actual Governo até ao fim da presente legislatura.
A reunião dos partidos políticos com assento parlamentar e a sociedade civil, realizada hoje na Assembleia Nacional Popular, serviu de reflexão sobre o conteúdo da referida proposta, cujo objectivo é ultrapassar a situação política vigente no país.
O presidente do PAIGC, partido maioritário, Domingos Simões Pereira, presente na reunião, diz ser uma proposta aceitável do ponto de vista politico.
“Nós respondemos positivamente a este convite do presidente Assembleia Nacional Popular porque consideramos que ele é uma autoridade com legitimidade para esta iniciativa”, defendeu Simões Pereira.
O PRS, partido que sustenta o Governo Governo, não esteve presente na reunião, e os representantes da sociedade civil remete para uma análise posterior tomada de posição sobre a matéria.
Noutro desenvolvimento, o Chefe de Estado guineense prossegue a sua Presidência Aberta no leste do país.
José Mário Vaz encontra-se hoje na localidade de Pitchi e amanhã segue para Sonaco, depois de ter passado pela Pirada, zonas rurais da região de Gabu.
Vaz tem centrado as suas intervenções no combate a corrupção, liberdade de expressão, manifestação e da imprensa:
“o que nós podemos garantir é que, enquanto formos Presidente, ninguém tem direito de açoitar. Tem que haver a liberdade de expressão, de manifestação e de imprensa”, defendeu numa dos actos públicos.
José Mário Vaz faz-se acompanhar de ministros, secretários de Estado, conselheiros, diretores e alguns dirigentes da administração pública.