O primeiro-ministro japonês disse aos legisladores americanos nesta quinta-feira, 11, que os Estados Unidos não têm de enfrentar os sérios desafios globais sozinhos e que Tóquio está a reforçar as suas capacidades militares para apoiar Washington.
Numa reunião conjunta do Congresso dos EUA, na capital americano, Fumio Kishidainstou os EUA a continuarem o seu papel na defesa da ordem internacional e abordou o ceticismo entre alguns legisladores republicanos sobre a continuação da ajuda à Ucrânia.
“A liderança dos Estados Unidos é indispensável. Sem o apoio dos EUA, quanto tempo demorará até que as esperanças da Ucrânia desmoronem sob o ataque de Moscovo?”, perguntou o Chefe do Governo nipónico.
Kishida acrescentou que “sem a presença dos Estados Unidos, quanto tempo levará até que o Indo-Pacífico enfrentasse realidades ainda mais duras?”.
“A nossa aliança serve como um multiplicador de forças e, juntamente com estes países que pensam da mesma forma, estamos a trabalhar para concretizar um Indo-Pacífico livre e aberto”, concluiu o primeiro-ministro japonês.
Num comunicado divulgado após a reunião, o líder republicano no Senado disse que “em toda a região, os aliados regionais mais próximos da América, como a Austrália e a Coreia do Sul, entendem que a República Popular da China representa a maior ameaça estratégica a longo prazo para um Indo-Pacífico livre e aberto”.
“Mas eles também entendem que o que acontece na Europa ou no Médio Oriente no curto prazo é muito importante para a Ásia”, concluiu Mitch McConnell.
O Governo do Japão forneceu 12 mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia, incluindo sistemas de detecção anti-drones e também organizou uma conferência sobre o crescimento económico da Ucrânia.
Os legisladores dos EUA que apoiam a ajuda à Ucrânia sugerem que o fracasso no confronto com a Rússia enviará uma mensagem à China de que pode expandir as suas próprias ambições em Taiwan.
Um pacote de segurança suplementar de 96 mil milhões de dólares que fornece ajuda à Ucrânia e aos países do Indo-Pacífico que enfrentam a agressão chinesa foi aprovado pelo Senado de maioria democrata, mas está bloqueado há meses na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos.
O apelo de Fumio Kishida aos legisladores dos EUA ocorre como parte de uma visita de Estado de três dias a Washington.
Na quarta-feira, ele reuniu-se com o Presidente Joe Biden e anunciou uma série de novas parcerias de defesa entre os dois países.
A aliança de décadas entre os EUA e o Japão é amplamente vista como fundamental para combater a agressão chinesa na região.
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