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PAICV tenta unir tropas para "uma forte oposição"


Janira Hopffer Almada reeleita presidente apesar das críticas
Janira Hopffer Almada reeleita presidente apesar das críticas

Grupo de militantes descontentes defende maior espaço de diálogo

O PAICV, o principal partido na oposição em Cabo Verde, realiza o seu XV Congresso neste fim-de-semana na cidade da Praia, 11 meses depois de deixar o poder e com críticas internas à liderança.

PAICV tenta unir tropas para "uma forte oposição"
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A reeleita presidente nas directas de 29 de Janeiro, Janira Hopffer Almada, apresenta a sua moção de estratégia, que pretende mobilizar o partido para "uma forte oposição" ao Governo.

A reunião acontece no momento em que um grupo de destacados militantes critica a liderança de Hoppfer Almada, mas o porta-voz do mesmo, Júlio Correia, alega não apresentar qualquer moção de estratégia, já que o objectivo não passa pela disputa à liderança do partido.

Para o antigo secretário-geral, os militantes descontentes querem apenas que haja espaço de diálogo e debate de ideias, “para que o partido seja coeso e esteja preparado para fazer um efectivo combate politico e cumpra o papel que lhe está reservado na oposição”.

Correia manifesta, no entanto, a disponibilidade dos elementos do grupo de servirem o PAICV, mas afirma que a bola está no campo da presidente, que saberá com quem pretende contar.

Nelson Centeio, recém-eleito presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul, apelou à unidade do partido e destacou a necessidade de uma plataforma de diálogo franco e de firme entendimento, “visando a coesão interna e a preparação do PAICV para os desafios que tem pela frente”.

A Moção Política da Orientação Estratégica indica como prioridades o crescimento económico e a geração de emprego, o equilíbrio dos indicadores macroeconómicos e a sustentabilidade das contas públicas.

Janira Hopffer Almada defende "uma forte oposição", admitindo inclusive a criação de umm governo-sombra, de acordo com aspectos do documento que vai orientar a sua acção nos próximos três anos.

O jornalista e analista politico, Daniel Medina considera ser de grande importância para a democracia cabo-verdiana “que o PAICV saia unido e reforçado do congresso”.

Numa altura em que o MPD é Governo, detém a maioria de Câmaras municipais e viu eleito o candidato presidencial que apoiou, o Medina entende que o país precisa do maior partido da oposição “forte”.

O congresso termina no domingo e nele participam 413 delegados do país e da diáspora e convidados de partidos da sensibilidade política do PAICV

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