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Pacientes do hospital de Bembe obrigados a pagar combustível do gerador


(imagem de arquivo) Banco de urgência do hospital do Uíge, Angola
(imagem de arquivo) Banco de urgência do hospital do Uíge, Angola

Partidos reagem a crise na saúde

Os pacientes do Hospital Municipal do Bembe, na província angolana do Uíge são obrigados a contribuir para o pagamento do combustível do grupo gerador do estabelecimento para permanecerem naquela unidade sanitária.

“Os pacientes no Hospital do Bembe recebem duas receitas, uma para medicamento e outra para pagar o aluguer do gerador por falta de luz eléctrica no município”, denunciou nesta quarta-feira, 24, o secretário municipal da UNITA no Bembe, Pedro Baptista, em conversa com a VOA.

Tuberculose e anemia são as doenças mais frequentes, como revelaram Eduardo Paulo e Massamba Alberto, residentes de Bembe.

“Temos mais casos de tuberculose, anemia e outros, os hospitais são só símbolos por não têm medicamentos”, contou Eduardo, Massamba, acrescentando que o município possui apenas uma farmácia.

“Os medicamentos custam muito caro, a lâmina de paracetamol custa 350 cuanzas e o xarope 1000 cuanzas, esta é a maior dificuldade que enfrentamos”, lamentou outro residente Massamba Alberto.

O secretário provincial da CASA-CE no Uíge Inácio Kussuga criticou igualmente as circunstâncias que se verificam no sector da saúde, no final da visita de campo realizada recentemente ao município do Sanza Pombo.

Por seu lado, o primeiro secretário provincial do MPLA, Paulo Pombolo, admitiu recentemente que os sectores da educação e saúde são os mais infortunados da província do Uíge.

Por isso, aquando da primeira visita do vice-presidente do partido do MPLA no Uíge João Lourenço, Pombolo preferiu não esconder os problemas que enfrentam aqueles sectores.

“As principais dificuldades que vivemos enquadram-se nos sectores da saúde e educação, temos a necessidade de aumento de mais professores, salas de aulas e mais profissionais de saúde para fazer cobertura a demanda da população”, pediu na altura.

Não foi possível obter a reacção do hospital do Bembe.

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