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Aumentam Operações Militares Americanas em África


A nova estratégia de defesa americana requer maior concentração em África, mas presença limitada de pessoal americano no continente

O comandante das forças americanas para África, o general Carter Ham disse que os militares Americanos estão a aumentar as suas operações no continente uma vez que os grupos terroristas começaram a trabalhar em conjunto para levar a cabo ataques na região.

O responsável pelo Comando americano para África diz que a ameaça terrorista está a aumentar em África e que as forças sob seu comando centram-se em três grupos principais: al-Shabab na África Oriental, al-Qaida do Magreb Islâmico, no norte, e Boko Haram na Nigéria.

“Cada uma dessas três organizações é por si só um perigo e uma ameaça preocupante. O que de facto me preocupa são as indicações de que as três estão a procurar coordenar e sincronizar os seus esforços, por outras palavras, a estabelecer uma cooperação entre as três mais violentas organizações. Penso que é um verdadeiro problema para nós e para a segurança de África em geral.”

O general Ham disse aos oficiais militares africanos, reunidos perto do Pentágono, que os comandantes americanos têm indicações de que os três grupos estariam, aparentemente, a partilhar fundos e treino no uso de material explosivo.

A nova estratégia de defesa dos Estados Unidos requer uma maior concentração em África, mas apenas com uma presença limitada de pessoal americano no continente para treinar e assistir os países africanos a responder a ameaças de segurança.

No ano passado, o presidente Obama autorizou a colocação de 100 soldados americanos na região para ajudar as forças armadas do Uganda, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e República Centro Africana na sua campanha contra o líder rebelde Joseph Kony e o seu Exército da Resistência do Senhor, LRA.

Ham diz que isso permitiu às forças armadas de nações parceiras uma estratégia mais eficaz do que enviar tropas americanas para fazer o trabalho numa área tão vasta quanto aquela em que opera o LRA.

“Podemos ajudar em termos logísticos e partilha de informações secretas, comunicações e um pouco de mobilidade. Penso ser a melhor forma para nós fornecermos aquilo que definiria como único na capacidade militar dos estados Unidos em assistir os parceiros africanos.”

Nos esforços como o de encontrar Joseph Kony, as forças americanas, segundo o general, envolvem-se em actividades de recolha de informações, mas notou que isso apenas acontece com o consentimento dos países anfitriões.

Os Estados Unidos têm apenas uma base militar permanente em África – no Djibouti – com cerca de 2 mil pessoas. O general acrescentou que não há planos para construir qualquer outra base no continente.

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