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ONU discute eleições na Guiné-Bissau


Guine-Bissau: presidente Serifo Nhamadjo
Guine-Bissau: presidente Serifo Nhamadjo

Situação guineense foi abordada a portas fechadas, no Conselho de Segurança; órgão não teve pedido formal das autoridades do país para apoiar às eleições agendadas para 24 de novembro.

Nova Iorque/Radio Nações Unidas - O representante da União Africana junto das Nações Unidas, Téte António, disse à Rádio ONU que há um entendimento em relação à necessidade de dar apoio ao processo eleitoral na Guiné-Bissau.

"Pelo que me apercebi na reunião da Comissão de Consolidação da Paz – um órgão que traz muitas tendências, Estados-membros e organizações regionais e sub-regionais - creio que há um consenso de que é preciso continuar a ajudar a Guiné-Bissau. Estas eleições são importantes, tanto como se fez no caso do Mali", contou.

Porta Fechada

Nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança realizou uma sessão de consultas à porta fechada, na qual obteve o informe do representante do Secretário-Geral no país, José Ramos Horta. O encontro será seguido por uma reunião do enviado com a União Africana.

Apesar de não ter sido estabelecido um orçamento definitivo para o pleito, previsto para 24 de novembro, Ramos Horta disse anteriormente à Rádio ONU que estima que o processo possa custar até US$ 20 milhões.

Comparação

Téte António revelou o motivo da comparação da situação da Guiné-Bissau, administrada por um governo inclusivo, com o do Mali, que realizou as presidenciais há cerca de um mês. Bamako foi gerido por autoridades interinas após um golpe de Estado no ano passado.

"Estava numa situação muito complexam em que se pensava que não era até aconselhável fazer eleições, mas tinha que se acabar com a situação de indefinição no país. Foram feitas as eleições e, hoje, o país tem autoridades saídas das eleições bem legitimadas, creio que o país vai avançar. A Guiné-Bissau não é nenhuma exceção. Há esse esforço dos guineenses primeiro, e também da comunidade internacional."

Poder Legitimado

O representante justificou a necessidade de organizar o escrutínio na Guiné-Bissau com o interesse da existência de um poder legitimado pelo povo, após o golpe militar de 12 de abril do ano passado.

A União Africana disse, entretanto, que ainda não teve um pedido formal das autoridades guineenses para dar apoio às eleições, mas frisou esforços de assistência para casos de estabilização e de desastres em países.

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