Os observadores militares internacionais do acordo de paz e do processo de desarmamento das forças residuais da Renamo começaram a chegar em Moçambique. Depois de na semana passada ter chegado o chefe da missão de observadores militares do Botswana e o grupo de oficiais do Zimbabwe, a África do Sul mandou também os seus representantes neste processo. Nas próximas hora são esperados os observadores da Itália e de Portugal.
Para além destes países, integram o grupo de observadores militares internacionais representantes do Quénia, Cabo-Verde, Estados Unidos da América e Reino Unido.
União Europeia envia equipa chefiada por Judith Sargentini
Viaja hoje para Maputo Judith Sargentini que estará à frente da equipa enviada pela União Europeia para observação das eleições moçambicanas. A eurodeputada holandesa de 40 anos foi escolhida pela Alta Representante da UE para os Negocios Estrangeiros, Catherine Ashton.
A União Europeia diz ter recebido convite das autoridades moçambicanas. O envio da equipa, lê-se no comunicado divulgado hoje, “confirma o empenho da União Euiropeia no reforço de um sistema político aberto em Moçambique e na consolidação de uma democracia inclusiva.”
Citada no comunicado Sargentini afirma que o seu mandato “é o de observar as eleições sem interferir no processo eleitoral e respeitando as leis e regras locais".
"Estou confiante que a União Europeia dá um contributo importante para reforçar a transparência e inclusividade do processo eleitoral em Moçambique", diz Sargentini o comunicado.
A equipa liderada por Sargentini será composta por 20 observadores de longo prazo que serão colocados nas 11 províncias e outros de curto prazo a chegar pouco antes do acto eleitoral. Integram-na ainda seis analistas eleitorais.
Pouco depois das eleições a missão observadora divulgará um relatório preliminar em conferência de imprensa em Maputo. Mais tarde será apresentado o relatório final com as recomendações para futuros processos eleitorais.