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O peso das mulheres nas eleições na Guiné Bissau


Uma autêntica luta contra a realidade histórica, as tradições e o poder hegemónico do homem é como as mulheres consideram o momento que vivem na Guiné-Bissau.
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No entanto, em matéria de participação eleitoral, essa luta é ainda maior porque, como disse Carmelita Pires, candidata a primeira-ministra pelo Partido Unido Social Democrata a política é o último tema em que pensa a mulher guineense, devido à educação e à religião.

Aissato Indjai, Presidente da Rede Nacional contra a Violência baseada no género e na Criança, disse ter havido uma grande mobilização na consciencialização das mulheres sobre a importância do seu voto, apesar das limitações existentes.

A mesma percepção tem a activista Elisa Tavares Pinto que considera decisivo o voto da mulher.

Entretanto apesar do trabalho de organizações guineenses e internacionais, inclusive junto dos partidos políticos, a presença das mulheres no futuro quadro político do país será a pior de sempre.

Se no anterior parlamento as mulheres representavam 10 por cento do universo de deputados, agora será bem menor em virtude de os partidos terem colocado as mulheres em lugares não elegíveis.

Carmelita Pires, jurista e antiga ministra da Justiça, é a única candidata a primeira-ministra, pelo Partido Unido Social Democrata, facto que no entanto assumiu devido à sua cidadania.

A activista Elisa Tavares Pinto também enumera os temas principais da agenda das mulheres no próximo executivo.

Refira-se que 51 por cento da população guineense é integrada por mulheres que assumiram também a liderança da economia informal e familiar, inclusive contra a tradição.
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