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Nuclear: Atingido acordo histórico com o Irão


"Acordo não resolve todas as diferenças com o Irão" disse o Presidente americano

As principais potências mundiais chegaram a acordo sobre o uso de armas nucleares por parte do Irão, limitando a actividade nuclear iraniana oferecendo em troca o levantamento das sanções económicas que tinham sido impostas.

Para o ministro ds Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, este acordo é histórico e a negociador europeia, Federica Mogherini, considerou-o um sinal de esperança.

Das negociações, que tiveram início em 2006, fazem parte sete países: Irão, Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.

O objectivo das outras seis potências era evitar que o Irão construa uma arma nuclear, embora o Irão sempre tenha argumentado que a sua actividade nuclear era pacífica.

O Presidente americano, Barack Obama, em declarações a partir de Washington, revelou-se satisfeito com o acordo que "tornará o mundo mais pacífico e seguro", mas ressalvou que "não resolve todas as diferenças com o Irão".

No seu discurso o presidente americano salientou os pontos chave do acordo salientando que foram cortados todos os caminhos que poderiam levar à fabricação de armas nucleares.

Nos termos do acordo o Irão deixará de produzir urânio altamente enriquecido assim como o plutónio necessários para fazer bombas nucleares.

Por outro lado, o Irão vai desfazer-se de dois terços das centrifugadoras de que dispõe e compromete-se a não usar os restantes para produzir urânico enriquecido na próxima década. Vai desfazer-se também de 98% das suas reservas de urânio enriquecido e modificar o seu reactor principal.

Enunciando os termos do acordo o presidente Obama disse que a comunidade internacional terá a capacidade de verificar se o Irão está a cumprir com o estabelecido, salientando que o acordo se baseia não na confiança mas sim na verificação.

Disse ainda que os inspectores das Nações Unidas terão acesso permanente às instalações nucleares iranianas. Em troca o Irão começará a ver levantadas as sanções impostas pelos Estados Unidos e pelo conselho de segurança da ONU.

“ Se o Irão violar o acordo, as sanções voltarão a vigorar”, referiu o presidente Obama.

Hassan Rouhani, Presidente do Irão, disse por seu lado que hoje vive-se apenas a primeira fase do processo e que este é o acordo que os iranianos "rezavam alcançar".

Israel já se pronunciou, com Benjamin Netanyahu a considerar este acordo um erro histórico.

Esse erro irá "ajudar o Irão a esconder as suas actividades e a apoiar terroristas como o Hezbolah e o Hamas", disse Naftali Bennet, ministro da Educação e membro da Segurança.

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