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Negociações em Paris procuram libertação de reféns israelitas e cessar-fogo em Gaza


Mulheres-soldado israelitas fazem uma selfie na fronteira Sul de Israel com Gaza, 19 fevereiro 2024 (AP Photo/Tsafrir Abayov)
Mulheres-soldado israelitas fazem uma selfie na fronteira Sul de Israel com Gaza, 19 fevereiro 2024 (AP Photo/Tsafrir Abayov)

Uma delegação israelita liderada pelo chefe da agência de espionagem Mossad, David Barnea, está em Paris neste sábado, 24, para conversações sobre a libertação dos reféns nas mãos do Hamas e o cessar-fogo em Gaza.

Os mediadores de paz em Paris estão a trabalhar para garantir um cessar-fogo em Gaza, na esperança de evitar uma ofensiva israelita na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas encontram-se abrigadas.

O Governo de Telavive não comentou publicamente as negociações, que deverão continuar durante o fim de semana.

As forças israelitas lançaram mais de 70 ataques desde ontem em vários locais de Gaza, incluindo Deir al-Balah, Khan Younis e Rafah.

O Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, informou hoje que pelo menos 92 pessoas foram mortas nos ataques.

Israel diz que atacará a cidade se nenhum acordo de trégua for alcançado em breve.

Os Estados Unidos instaram o seu aliado na região a não o fazer, alertando que tal ataque causaria enormes baixas civis.

Enquanto isso, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, reuniu-se com mediadores egípcios no Cairo para discutir uma trégua na semana passada, na sua primeira visita desde dezembro.

Um funcionário do Hamas, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade do assunto, disse que o grupo radical não apresentou nenhuma nova proposta nas conversações com os egípcios e que espera para ver o que os mediadores trazem das suas conversações com os egípcios.

Entretanto, na quinta-feira, 22, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou ao seu Gabinete de Segurança um plano oficial do pós-guerra para Gaza, no qual Israel teria total controlo de segurança sobre o enclave sem a liderança do Hamas e sem qualquer governação da Autoridade Palestiniana baseada na Cisjordânia.

Relatos da mídia indicam que representantes palestinianos que viram o plano o rejeitaram.

Partes do plano também vão contra o que Washington previu para a região, que é uma solução de “dois Estados” envolvendo um Estado palestiniano independente.

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