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Cimeira ministerial vai debater corredores da Beira e Nacala


Nampula vai ser palco de uma cimeira dos ministros dos Transportes e Comunicações
Nampula vai ser palco de uma cimeira dos ministros dos Transportes e Comunicações

O polémico caso do porto de Nsanje pode ser analisado na reunião ministerial de Nampula

Uma delegação do Malauí, liderada pelo ministro dos Transportes, está em Maputo, a caminho de Nampula, para discutir a viabilidade do porto interior de Nsanje, que está a ser construído para dar acesso ao Oceano Índico, a partir do interior.

O porto de Nsanje, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, União Europeia e Japão, fica a 238 quilómetros do porto moçambicano de Chinde, seguindo o curso do rio Chire, que, em dado momento, se junta ao rio Zambeze.

Os ministros dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Malaui, Zâmbia e Zimbabwe reúnem-se, nesta quarta-feira, na cidade moçambicana de Nampula, para avaliar o desempenho dos projectos dos corredores de Nacala e da Beira.

Segundo o director do Gabinete de Estudos e Projectos no Ministério moçambicano dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe, a reunião de Nampula faz parte de encontros periódicos dos quatro ministros deste pelouro para avaliar o desempenho dos corredores.

Malaui, Zambia e Zimbabwe são chamados países do interland, ou seja sem ligação direcção com mar, pelo que usam os corredores moçambicanos de Nacala e da Beira para exportação e importação de mercadorias.

O Malawi tem estado a pressionar Moçambique para permitir a navegação nos rios Zambeze e Chire, tendo já construído um porto em Nsanje do lado malauiano.

A primeira fase da obra feita pelo empreiteiro português Mota Engil terminou no segundo semestre do ano passado, mas Moçambique exige a realização de estudo de impacto ambiental.

O assunto tem provocado alguma crispação nas relações entre os dois países. Fontes do Ministério dos Transportes e Comunicações dizem que o caso do porto de Nsanje pode ser analisado na reunião ministerial de Nampula, mas não é principal ponto de agenda.

O Malaui considera que os corredores terrestres tornam as suas mercadorias muito caras, pelo que seria mais barato usar o transporte fluvial.Mas Moçambique tem sido cauteloso na questão da navegabilidade dos rios, optando por estudo de impacto ambiental. O Banco Africano de Desenvolvimento tem dinheiro para financiar esse levantamento.

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