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Procuradora-chefe de Nampula diz ser ainda difícil combater o tráfico humano


Sede do governo provincial de Nampula
Sede do governo provincial de Nampula

Emília Chirinza diz que há uma fraca prestação dos serviços de controlo, nomeadamente das polícias nos postos fronteiríços

A procuradora provincial de Nampula reconheceu neste fim-de-semana haver fragilidades no processo de combate ao tráfico de seres humanos na província moçambicana de Nampula.

De acordo com a Procuradora chefe provincial de Nampula, Emilia Chirinza, a policia de transito e outras forças policiais que garante a ordem e seguranças nos diversos postos controles da província mostra-se fracas na operatividade, na medida em que “ deixam atravessar nos seus locais de trabalho, crianças por vezes desacompanhadas”

“Chegamos a conclusão de que o nosso país por se situar num corredor, várias vezes é usado para as pessoas passarem. Tivemos casos concretos da nossa província, embora não fossem casos directamente ligados ao tráfico de pessoas que assistimos alguns anos atrás. Pessoas passam por aqui com destinos que não conhecemos”, disse a Procuradora chefe provincial.

Embora não tenha revelado números, Emília Chirinza disse que, esses tipos de casos envolvem com frequência mulheres e crianças. Emília Chirinza falava durante uma marcha realizada no sábado último pelo Grupo de Referência Contra o Tráfico de Seres Humanos (TASK-FORCE), com vista a protestar contra o tráfico de seres humanos na província de Nampula.

O TASK-FORCE é constituído por diversas instituições do Estado, Ministério Público, a sociedade civil, organizações de fé, transportadores e órgão de comunicação social. A marcha do sábado tinha por objectivo, encerrar a campanha de consciencialização para prevenção e combate ao tráfico de pessoas que decorreu em Nampula na última semana com o intuito de sensibilizar aos actores sociais no sentido de participarem energeticamente na luta contra este fenómeno que tanto preocupa o mundo.

Na ocasião, o Comandante provincial de Nampula, Alfredo Mussa chamou a responsabilidade da sociedade civil no sentido de participar activamente nas campanhas de luta contra o tráfico de seres humanos.

Recorde-se que o Ministério público em Nampula reclama a falta de denúncias por parte de populares, o que de certa forma contribui para a não descoberta de vários casos de tráfico de seres humanos que correm um pouco por toda a província.
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