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Nações Unidas denunciam atrocidades no Iraque


A ONU afirmou que as sistemáticas atrocidades contra minorias étnicas e religiosas constituem crimes contra a humanidade.

As Nações Unidas estão a apelar à comunidade internacional que ajude a proteger as minorias iraquianas da perseguição de militantes do grupo Estado Islâmico.

Depois de uma sessão de emergência do Conselho das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a organização afirmou que as sistemáticas atrocidades contra aquelas minorias étnicas e religiosas constituem crimes contra a humanidade.

As Nações Unidas dizem que pelo menos 850 mil pessoas fugiram aos ataques do Estado Islâmico na região curda do norte do Iraque. Só num dia, salientou a ONU, 180 mil cristãos, yazidis e outras minorias optaram por deixar a região temendo pelas suas vidas.

A vice-comissária da ONU para os direitos humanos Flavia Pansieri descreveu as muitas violações dos direitos humanos levadas a cabo pelos militantes e acusou-os de estarem a proceder a uma autêntica lavagem étnica e religiosa.

Ela salientou que o efeito do conflito nas crianças iraquianas é catastrófico. Acrescentou que muitas delas foram alvo de violações físicas e sexuais e obrigadas pelos militantes a lutarem nas suas fileiras: “ As famílias falaram de recrutamento forçado de rapazes de 15 anos de idade. Alguns desses jovens conseguiram fugir e contar o que se passou.”

As Nações Unidas disseram igualmente que o Estado Islâmico tem vindo a atacar locais de significado cultural ou religioso e acrescentaram que o grupo está a tentar apagar milhares de anos de herança nacional, destruindo mesquitas, templos e outros locais de culto.

As forças governamentais iraquianas também são alvo de acusações de crimes de guerra, como referiu Chaloka Beyani das Nações Unidas: “Recebemos também informações de que as forças iraquianas estiveram envolvidas em graves violações dos direitos humanos, incluindo bombardeamentos de zonas civis e o assassinato de detidos.”

As Nações Unidas salientam que todos os responsáveis por crimes de guerra devem responder pelas suas acções.

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