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MSF diz que epidemia de ébola está sem controlo


O vice-director de operações da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou que um mês após a confirmação da mais recente epidemia de ébola “o vírus não está controlado e uma variação inédita pode ter surgido em África”.

Mariano Lugli, que participou em quase todas as campanhas de combate aos surtos recentes de ébola em África e coordena a acção dos Médicos Sem Fronteiras na Guiné Conacri, comparou o actual aos anteriores surtos e concluiu tratar-se de um caso “muito particular”.

Neste surto, afirmou, verificam-se, pelo menos, três grandes particularidades. A primeira é a especificidade geográfica. A segunda particularidade, referiu, é a questão fronteiriça: “A epidemia começou nas redondezas de Guéckédou, perto da fronteira com a Serra Leoa e com a Libéria, onde há confirmação de mortes pelo mais recente surto de ébola”.

A terceira particularidade, afirmou, é possibilidade de uma variação inédita do vírus: “no início, dissemos que se tratava do subgrupo ‘Zaire’, mas há a possibilidade de existir um novo. Não é nada oficial ainda, advertiu, mas é possível que no fim desta epidemia revelemos a existência de um novo subgrupo”, conclui o vice-presidente da organização Médicos Sem Fronteiras.
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