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MPLA e oposição com leituras diferentes sobre o Orçamento de 2017


O Orçamento Geral do Estado (OGE) angolano para 2017, aprovado com votos do MPLA e da FNLA, é perigoso para o país, de acordo com a UNITA e a CASA-CE, enquanto o partido no poder considera que o documento combate o desperdício.

UNITA e CASA criticam orçamento - 2:34
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A UNITA justifica o voto contra com o nível de dívidas que o OGE comporta.

''A dotação atribuída ao sector da economia contrasta a ideia propalada pelo Governo de querer diversificar a economia nacional quando sectores como a defesa e a segurança são superiores aos da economia, quando a nossa dívida no fim deste ano atingirá os 75% do PIB, estamos a caminho do abismo isso é perigoso'', aponta Raúl Danda, que questiona a alocação de verbas para eleições na Presidência da República.

“Por quê se vamos ter eleições, e esta verba não vem explícita para que todos saibamos com que linhas coser em termos de finanças nas eleições? Não se pode ter no OGE rubricas não especificadas como “outros serviços, outros programas”, com milhões e milhões sem que ninguém saiba o que são”, completa Danda.

A CASA-CE, que também votou contra, diz, na voz do deputado Leonel Gomes, que é mais um orçamento que favorece o roubo do dinheiro dos angolanos e o enriquecimento ilícito de uma minoria.

“Este OGE é outra vez um espaço aberto para o desvio do erário público e o enriquecimento ilícito porque continua a alocar excessivamente despesas não especificadas e é exactamente aí na falta de especificação, em violação ao princípio da orçamentação, que surge o problema e vamos andando estes anos todos com as mesmas práticas”, denúncia Gomes que acusa o MPLA de não acreditar do que faz porque “no sector da educação os filhos não passam por lá, não acreditam no sector da saúde porque uma simples dor de dente é tratada em Barcelona, na Inglaterra, por isso quem não acredita no que realiza não pode realizar absolutamente nada''.

Em resposta, o ministro das Finanças Archer Mangueira disse à imprensa que o OGE contempla impostos que não sacrificam as pessoas e empresas e mantém a dívida num nível sustentável.

Mangueira admitiu ser preciso fazer-se mais e melhor para o país e para o povo, “com os recursos disponíveis vigiar e combater o desperdício”.

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