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"Invasão" de jornalistas portugueses irrita homólogos angolanos


Angola "corre o risco de ser a lixeira de Portugal" - Celso Malavoloneke

Uma “invasão” de jornalistas portugueses nas redacções dos media angolanos está a provocar ansiedade e descontentamento entre profissionais angolanos da informação.


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Com efeito assiste-se de momento a um fenómeno de substituição de jornalistas angolanos por profissionais provenientes do estrangeiro, sobretudo portugueses.
Este êxodo está a preocupar os profissionais nacionais.

Celso Malavoloneke jornalista e professor universitário afirma que Angola
“corre o risco de ser a lixeira de Portugal".

"Com a crise em Portugal, os que estão a trabalhar são os bons, os que são menos bons, para não dizer maus, são os que perdem emprego e rumam para lugares como Angola," disse.

Segundo o docente universitário este "fenómeno teve o seu início na televisão publica passando-se agora para os jornais privados”.

"Primeiro começou pela TPA, canal 2, pelas mãos de dois filhos de sua excelência presidente da república, agora estendeu-se aos semanários privados Novo Jornal e Jornal Agora,” disse o professor de Comunicação Social para quem existe em Angola um complexo de inferioridade, para com os que vem de fora.

"Nós aqui temos complexo de colonizado que por ser português, por ser branco é necessariamente ou automaticamente melhor que o angolano," disse.

"Eu tenho duvidas que estes luso-angolanos que estão a vir para aqui vão conseguir fazer um jornalismo como deve ser," disse o professor e jornalista.

Eco dessas dúvidas fez outro jornalista Félix Miranda.
...
"Muitos dos que estão a ser importados talvez tenham menos capacidade, experiencia e menos conhecimento da realidade sócio cultural, política e económica da nossa Angola," disse o jornalista do Folha 8 que acredita que isso poderá ter consequências graves

"Os nossos colegas angolanos estão a ir para desemprego, estão a ser humilhados e exonerados caindo para o desemprego, criando problemas sociais enormes," acrescentou-.

Miranda acha que o fenómeno prejudica também a economia angolana.

"Cada técnico português ganha duas ou três vezes mais que o angolano e o dinheiro que se dá ao português nunca será investido em Angola mas sim em Portugal," disse.
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