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Moçambique: Desmobilizados de guerra ameaçam manifestar-se


O projecto de lei dos desmobilizados está no Parlamento
O projecto de lei dos desmobilizados está no Parlamento

Os desmobilizados queixam-se de falta de programas de inserção social, falta de pagamento de pensões e a falta de reconhecimento

O Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique promete desencadear manifestações ao nível nacional, visando pressionar a Assembleia da República a alterar o estatuto do desmobilizado, submetido recentemente pelo governo moçambicano.

O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, iniciou uma visita à província de Nampula, um percurso que poderá prosseguir nas províncias da Zambézia, Sofala e Inhambane, visando, entre vários objectivos, o de explicar aos desmobilizados as lacunas existentes no estatuto proposto pelo executivo ao Parlamento.

Hermínio dos Santos disse, repetidas vezes, durante uma entrevista exclusiva que manteve com a nossa reportagem que as manifestações em fase de organização iráo contar com a participação de desmobilizados, viúvas, e órfãos, cujos pais desmobilizados perderam a vida. Os protestos visam, por outro lado, tentar "pôr fim ao regime discriminatório da Frelimo em Moçambique".

Os desmobilizados de guerra em Moçambique clamam por falta de programas de inserção social, falta de pagamento de pensões e a falta de reconhecimento, mesmo tendo lutado por esses objectivos durante 16 anos.

Hermínio dos Santos exorta a comunidade internacional, com destaque para o governo americano, no sentido de cortar os apoios para Moçambique,uma vez, na sua opinião,que os investimentos dos EUA, visam dinamizar a democracia e desenvolver o país.

Segundo ele, o fundo está a ser, pura e simplesmente, aplicado para engrandecer o partido Frelimo.

Hermínio dos Santos faz-se acompanhar na referida visita de preparação de manifestações pelo presidente Nacional da Associação de Apoio aos Desmobilizados, Banido Camalos.

Em entrevista à VOA, Camalos disse que a bancada parlamentar da Frelimo e da Renamo na Assembleia da Republica não têm a noção sobre o que quer dizer participação. Daí haver a necessidade de uma discussão envolvente na Casa do Povo pois, se as bancadas aprovarem o estatuto tal como foi submetido, haverá problemas sérios no país.

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