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Moçambique, pior lusófono no Índice de Desenvolvimento Humano


Documento da ONU revela "impressionante" progresso alcançado no desenvolvimento humano nos últimos 25 anos

Moçambique é o país africano de língua portuguesa pior colocado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira, 21.

Cabo Verde é o lusófono com melhor classificação no IDH, mas ocupa a parte baixa da lista (122a. posição) de 188 países.

Entre os lusófonos, São Tomé e Príncipe surge no 133o. lugar, seguido de Angola (150) e Guiné-Bissau (178).

Portugal é o lusófono com melhor classificação, 44, enquanto o Brasil está estagnado desde 2010, ocupando a 79a. posição.

Noruega lidera o IDH, seguida por Austrália, Suíça, Alemanha e Dinamarca, enquanto na cauda da tabela estão Chade, Níger e República Centro-Africana.

Os países

Em termos individuais, Cabo Verde manteve a mesma posição do ano passado, mas melhorou em vários indicadores como a esperança de vida, que subiu para 73,5 anos e a redução da mortalidade

Apesar de ter conseguido resultados positivos na vacinação de crianças, a taxa de gravidez entre adolescentes dos 15 aos 19 anos aumentou.

O relatório apresenta como exemplo o programa de merenda escolar que proporcionou vários benefícios aos estudantes e aos agricultores locais que aumentaram as suas vendas.

Ainda na educação, a taxa de literacia aumentou para 87.6 por cento, apesar de ver aumentar também o abandono escolar.

Angola cai mas melhora

Angola caiu um lugar em relação a 2015 (150), mas viu a esperança média de vida aumentar para os 52,7 anos, apesar de os anos de escolarização continuar nos 11,4.

Outros dados indicam que 63,2 por cento da população angolana trabalha e 12,4 por cento já usa a internet.

Na nota divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Moçambique foi citado como tendo colocado fim à possibilidade de um estuprador se casar com sua vítima.

O país, entretanto, está entre os oito do mundo com o mais baixo IDH, ocupando o 181º lugar da classificação de 2016, tendo perdido 33 por cento na avaliação dos indicadores de desenvolvimento humano.

Aumento “impressionante” do desenvolvimento humano

Em termos gerais, o relatório revela que foi "impressionante" o progresso alcançado no desenvolvimento humano nos últimos 25 anos.

Os autores do documento dizem que, em todo o mundo, a expectativa de vida está a aumentar, mais crianças frequentam escolas e houve um aumento também no acesso a serviços sociais.

Na questão da igualdade salarial, os indicadores do IDH mostram que apesar das mulheres terem melhor desempenho nos sectores de educação e longevidade do que os homens, elas ainda perdem no capítulo salarial.

O IDH mostra que em 2015, o mundo superou o que se acreditava serem "desafios assustadores" há mais de duas décadas.

Mesmo com o aumento da população de 5,3 mil milhões, em 1990 para 7,3 mil milhões em 2015, mais de mil milhão escaparam da pobreza extrema, 2,1 mil milhões tiveram acesso a saneamento básico, enquanto mais de 2,6 mil milhões de pessoas passaram a ter água potável.

Outro indicador revelador é o índice de mortalidade de crianças menores de cinco anos que caiu mais da metade, de 91 para 43 por cada mil nados vivos.

A incidência de HIV, malária e tuberculose também caiu entre 2000 e 2015.

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