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Moçambique: Instabilidade causa avultados prejuízos a transportadores


Os passageiros têm medo de viajar por causa dos ataques da Renamo ao longo da estrada nacional número um.

Operadores de transporte de passageiros e de carga para as regiões centro e norte de Moçambique estão a acumular enormes prejuízos por causa dos ataques da Renamo ao longo da estrada nacional número um, a principal via de ligação rodoviária do país.
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Tal como a reportagem da Voz da América constatou, a procura de transportes para o centro e norte no terminal interprovincial da Junta, na cidade do Maputo, baixou drasticamente e continua a cair.

Os passageiros têm medo de viajar por causa dos ataques armados da Renamo ao longo da estrada nacional número um, apesar da escolta militar no troço Rio Save-Muxungue. O motorista Aly Augusto salvou-se por um triz na última terça-feira em plena escolta militar.

O seu autocarro foi atingido por sete balas, sendo que uma se alojou na chaparia e outra destruiu o radiador, mas ninguém ficou ferido. Mas nesta segunda-feira Aly Augusto está de novo na praça à procura de passageiros para as províncias de Sofala, Manica e Tete, com o mesmo autocarro crivado de balas.

A porta-voz do sector de supervisão do terminal da Junta, que lida com autocarros de passageiros que partem e chegam das regiões sul, centro e norte do país, confirma a falta de passageiros por causa dos ataques da Renamo.

Inês Mindo acrescentou que há transportadores que se arriscam levando oito, 13 ou 20 passageiros num autocarro com capacidade para 60 ou 70 lugares.

Na semana passada, os transportadores decidiram que os operadores estão livres de parar ou continuar a fazer transporte de longo curso a conta e risco próprios.
O perigo foi instalado na estrada pela Renamo, depois de 21 anos de paz efectiva e desenvolvimento do País.

O Governo e a Renamo não se entendem por causa da lei eleitoral. Os apelos para o diálogo multiplicam-se sem sucesso, porque no terreno os ataques continuam a matar, ferir e destruir. Ontem um guerrilheiro da Renamo foi morto num abortado ataque a uma esquadra da Polícia no posto de Canda, em Gorongosa. Ainda em Sofala, cerca de três mil alunos do ensino geral não estão a fazer exames do final do ano, por causa da insegurança.
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