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Moçambique: Confrontos fazem milhares de deslocados


Mais de cinco mil pessoas vivem como deslocadas de guerra no distrito de Gorongosa, em Sofala, e nos distritos de Homoíne, Panda e Funhalouro, em Inhambane.

Em Moçambique está instalada uma crise humanitária nas províncias de Inhambane e Sofala por causa da tensão político-militar provocado pelos ataques armados das milícias da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique.
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Mais de cinco mil pessoas vivem como deslocadas de guerra no distrito de Gorongosa, em Sofala, e nos distritos de Homoíne, Panda e Funhalouro, em Inhambane.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades coordena a distribuição de alimentos. Mas a delegada do Instituto em Inhambane, Bearina Trapesse, diz que os deslocados ainda têm alimentos próprios e que o desafio da instituição é garantir, tendas para acomodação temporária, terrenos e material de construção.

O Administrador de Gorongosa, Paulo Majacunene, confirma o início da distribuição de terrenos a 712 famílias, que correspondente a 3.560 pessoas deslocadas.
Em Sofala, os deslocados têm experiências dolorosas, porque as milícias armadas da Renamo e as Forças do Governo têm trocado tiros com alguma frequência, desde Outubro último.

As populações de Homoíne, Panda e Funhalouro, em Inhambane, têm conhecimento daquilo que se passa em Sofala e ainda se lembram do seu próprio sofrimento durante 16 anos do conflito armado terminado em 1992.

Por isso, sabendo que as milícias armadas da Renamo estão a reactivar as suas antigas bases de guerrilha ficam com medo e abandonam as zonas à procura de segurança. Na província de Inhambane, quatro mil alunos e vinte professores estão prejudicados pela insegurança, pois abandonaram as suas zonas de origem. Os sectores de turismo e transportes estão a somar enormes prejuízos.

O governo e a Renamo estão envolvidos num diálogo de surdos há mais de um ano para acabar com a tensão.

Nesta Sexta-feira, o governo anunciou que está disponível para falar com a Renamo na próxima Segunda-feira em Maputo com a presença de observadores nacionais indicados pela Renamo, mas o partido de Afonso Dhlakama exige também o envolvimento de mediadores estrangeiros.
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