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Moçambique: Candidatos eleitorais da Frelimo iniciam campanha


Armando Guebuza, Presidente de Moçambique
Armando Guebuza, Presidente de Moçambique

Armando Guebuza vai abandonar o poder por atingir o limite constitucional de dois mandatos consecutivos.

Os três pré-candidatos indicados pela Comissão Política da Frelimo, para a sucessão de Armando Guebuza na Presidência da República, iniciaram campanhas destinadas a impor as suas candidaturas junto das bases partidárias nas diversas províncias moçambicanas.
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José Pacheco, actual ministro da Agricultura, Alberto Vaquina, Primeiro-Ministro e Filipe Nyussi, ministro da Defesa Nacional, vão escalar as 10 províncias moçambicanas e a Cidade de Maputo, que também tem estatuto de província, para promover as suas candidaturas, num processo que culminará, nos princípios de Março que vem, com a eleição do candidato da Frelimo ás eleições presidenciais de Outubro próximo.

Mas o jurista José Matlombe diz que esta campanha se destina apenas a realçar a figura do candidato, uma vez que, na sua opinião, ele já foi eleito pela cúpula partidária. Esta campanha é também uma forma de confortar os candidatos preteridos.

Matlombe considera que este cenário resulta do facto de o Presidente Guebuza, citamos, pretender manter-se líder do Partido, pelo menos até ao próximo congresso da Frelimo, Partido, actualmente no poder em Moçambique.

Na opinião do analista, o Presidente Guebuza teve muita influência na escolha dos três pré-candidatos, acrescentando que o poder que ele tem actualmente, mais o ascendente que terá sobre o seu substituto, farão com que ele continue a ter um papel importante na vida política nacional.

Contudo, o Secretário-Geral da Frelimo, Filipe Paunde, diz que Guebuza nao teve influência na escolha dos candidatos, afirmando que o processo foi através de voto secreto, seleccionando-se aqueles que conseguiram o maior número de votos.
Paunde afirmou que estes são os únicos considerados pela Frelimo, afastando assim a hipótese de serem acrescentados novos nomes á lista de candidatos a sucessão de Guebuza.

Refira-se que o Presidente Guebuza vai abandonar o poder, por atingir o limite constitucional de dois mandatos consecutivos.
Entretanto, o jornalista Paul Fauvet, diz que as eleições vão ter lugar num momento difícil para a Frelimo. “As eleições vão ter lugar no rescaldo dos problemas no centro do país. Há um certo desgaste por causa disso. Também há um certo descontentamento por causa raptos, crimes hediondos que a polícia ainda não conseguiu dominar.

E há mesmo quem acredite que um entendimento político e eleitoral entre a Resistência Nacional Moçambicana-Renamo, e o Movimento Democrático de Moçambique, MDM, pode mudar o presente quadro político moçambicano. Paul Fauvet diz que o tempo não joga a favor da Renamo.

“O recenseamento eleitoral vai começar em finais de Janeiro corrente, e se para ser candidato, o Sr. Afonso Dhlakama , primeiro tem que se recensear, onde ele estiver. O mesmo se diz em relação aos outros membros da Renamo que quiserem concorrer para a Assembleia da República”, disse aquele jornalista.

Ramos Miguel, VOA-Maputo
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