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Mercado de trabalho moçambicano pede melhores técnicos


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Formados nas escolas técnicas não satisfazem exigências.

O sector produtivo moçambicano precisa de profissionais habilitados e competentes no mundo dos negócios.

A interligação das mais diversas escolas de formação técnico-profissional são apontadas pelos empregadores como um dos motivos da baixa qualidade dos formandos.

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"Em geral, a mão-de-obra moçambicana não tem ainda as habilidades técnicas requeridas, o que posteriormente constitui um constrangimento ao crescimento económico e ao investimento, muito embora as instituições de educação técnico-profissional ofereçam equivalência às qualificações académicas”, considera Rui Monteiro, vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), para quem “os caminhos de cruzamento de um subsistema para outro não são os melhores, não havendo nenhum mecanismo de reconhecimento de aprendizagem previamente adquirida".

Em 2007, por exemplo, os graduados esperavam mais de 200 dias após a formação para conseguirem emprego e a taxa de satisfação do empregador era de apenas 25 por cento.

No ano passado, num período inferior a seis meses os estudantes conseguiram emprego e a taxa de satisfação é de 80 por cento, mas os empregadores clamam ainda pela melhoria da qualidade dos programas de formação.

"A falta de um quadro institucional que organize, articule, integre, regule e assegure a qualidade de intervenções de formação e de programas conduz muitas vezes a duplicações desnecessárias de esforços e uso não optimizado de escassos recursos de formação", explicou Rui Monteiro.

O Governo reconhece estes problemas e diz serem necessários mais de 480 milhões de dólares norte-americanos para o fortalecimento do ensino técnico profissional em Moçambique.

Este valor visa implementar diversas acções de melhoria e reforma da educação profissional no país, caso da formação de formadores, construção, reabilitação e apetrechamento de escolas, introdução do ensino técnico à distância e reforço do elo de ligação entre os sectores público e privado, nesta área, como disse o ministro Jorge Nhambiu.

A Assembleia da República procedeu, recentemente, à revisão da Lei da Educação Profissional, um instrumento que introduz a Autoridade Nacional da Educação Profissional.

A administração deste instrumento irá integrar o Governo, os empregadores, os sindicatos e a sociedade civil nos processos de tomada de decisão sobre os programas de formação, gestão e financiamento da educação profissional no país.

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