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Médio-Oriente: Especialistas em contra-terrorismo temem o ressurgimento da al-Qaida


Dois anos depois da morte de Ossama Bin Laden, os especialistas Americanos e responsáveis da luta anti-terrorista afirmam que al-Qaida continua a ser a maior ameaça no Médio Oriente e no Norte de África.

James Mattis o general americano que comandou as operações dos marines no Iraque e mais tarde que supervisionou as operações militares no Médio Oriente, Paquistão e Afeganistão no Comando Central das Forças Americanas, não é um estranho para a al-Qaida.

Agora reformado, o general Mattis continua a seguir de perto a luta contra a al-Qaida.

“Jihad violenta, a al-Qaida em particular está agora em crescendo. Não está a contrair-se. Na verdade está a ganhar terreno e eles estão a explorar novas oportunidades.”

O general James Mattis, fez recentemente uma alocução numa conferência sobre o terrorismo em Washington patrocinada pela Fundação Jamestown. O mesmo afirmou que o ocidente está a perder-se em entender a al-Qaida e em resultado disso não é capaz de estabelecer uma estratégia operacional e de propaganda para derrotar a organização terrorista.

O general americano não é o único que se diz consternado com o ressurgimento da acção jihadista durante o ano de 2013. Numa altura em que a maioria dos altos membros da organização de Bin Laden deve ter sidos morta por forças especiais americanas ou ataques através de drones. Ainda assim os grupos jihadistas na Síria, Somália, Iémen, Líbia e Africa Ocidental são capazes de levar a cabo várias operações durante o último ano.

Por exemplo, em 2013 os jihadistas inspirados ou ligados a al-Qaida atacaram um centro comercial no Quénia e mataram 72 pessoas, invadiram uma instalação de produção de gás na Argélia onde executaram 39 reféns. E os jihadistas emergiram como a força mais poderosa no grupo dos rebeldes na Síria que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad.

No nordeste da Síria, o alto comandante curdo, Giwan Ibrahim que luta conta os combatentes afiliados a al-Qaida, e diz que os jihadistas estão a ter sucessos no recrutamento de novos combatentes pelo mundo. Segundo o comandante Ibrahim muitos desses jihadistas que combate, não são originários da Síria.

“Noventa por cento deles vem de países estrangeiros. Não são da Síria: a maioria vem da Arábia Saudita, Tunísia e Líbia. Eu vi com os meus olhos gentes de países europeus que eram membros da al-Qaida a lutar contra nós.”

O comandante Giwan Ibrahim diz ser difícil conter ou combater os jihadistas por causa de sua motivação psicológica.

Em Washington os especialistas na conferência de Jamestown disseram que a missão de combate ao terrorismo parece que vai ser ainda mais dura em 2014.
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