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Denunciados novos casos de tráfico de órgãos humanos em Moçambique


Cartaz da campanha contra o tráfico de órgãos corpo humano
Cartaz da campanha contra o tráfico de órgãos corpo humano

A Liga Moçambicana dos Direitos Humanos lançou uma campanha nacional de sensibilização

Órgãos para actos de feitiçaria

A Liga Moçambicana dos Direitos Humanos denunciou, hoje, o aumento de casos de extracção e tráfico de órgãos humanos no país para actos de feitiçaria. Segundo referiu, na oportunidade, Alice Mabota, a presidente da Liga, o caso mais recente ocorreu muito recentemente a uma mulher a quem foi retirado o útero.

De acordo com um relatório hoje divulgado, duas pessoas em média sofrem a cada mês mutilações ou extracções de órgãos ou parte do corpo humano que são posteriormente vendidos para curandeiros em países como a Africa do Sul e o Malawi.

O relatorio retrata o drama encontrado durante 14 meses de estudos ao nível nacional e contém testemunhos de vítimas e indivíduos que já estiveram envolvidos no negócio. A pesquisa revelou haver uma crença comum em Moçambique e na África do Sul, segundo a qual “os medicamentos tradicionais feitos com partes do corpo humano são mais fortes e poderosos”.

Segundo Alice Mabota,o caso mais recente aconteceu semana passada e acredira-se que a vítima tenha perdido ou os ovários ou o útero.Para além deste caso, há mais dois exemplos vivos desta barbaridade, conta Mabota.

A presidente da Liga aponta a degradação da moral e a falta de uma legislação punitiva, como as causas do aumento destes casos.Como forma de despertar a consciência social para estes casos,a Liga dos Direitos Humanos de Moçambique lançou, esta quinta-feira,uma campanha nacional de combate ao tráfico dos órgãos humanos, apelando à adesão de todos os sectores da sociedade.

O Procurador Chefe da República, Afonso Antunes, salientou, na oportunidade, que mais do que discursos ou reflexões, a situação exige “grandes remédios legislativos”.

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