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Chávez a caminho de 20 anos de poder promete continuar com políticas esquerdistas


Presidente veneuzelano Hugo Chavez celebra vitoria eleitoral
Presidente veneuzelano Hugo Chavez celebra vitoria eleitoral

O presidente venezuelano Hugo Chávez saiu vitorioso das eleições presidenciais de domingo. Se completar este novo mandato de seis anos, o dirigente sul-americano completará 20 anos de poder. Chávez obteve 54 porcento dos votos contra 45 para opositor Henrique Capriles, um advogado de 40 anos de idade.

Este ano, Chávez não fez a campanha vigorosa do passado. Tem vindo a lutar contra um cancro, luta que o enfraquece e o deixa exausto. Chaves nunca forneceu informação sobre o cancro à excepção de que é na região pélvica e está actualmente em remissão.

Os analistas têm questionado se o presidente venezuelano, de 58 anos de idade, está suficientemente forte para continuar a presidir ao maior exportador de petróleo da América do Sul e encontrar soluções para as infra-estruturas decadentes e a elevada taxa de homicídios.

O dirigente de esquerda nacionalizou a maior parte da economia venezuelana desde que tomou o poder em 1999. Diz querer melhorar a vida da vasta maioria pobre do país.

Os críticos dizem que as suas políticas têm afastado os investidores. Para muitos dos eleitores pobres, a sua visão socialista é um novo começo após décadas de governos que pouca atenção prestaram às suas necessidades.

Chávez lançou milhões de dólares em proventos petrolíferos nos programas anti-pobreza e usou com perícia as suas humildes origens e oratória popular para criar uma relação próxima com as massas.

A sua vitória de domingo deixou também aliviados os seus aliados esquerdistas na América Latina – de Cuba às Bolívia – que dependem da generosidade de Chávez, a qual se apoia nos lucros do petróleo.

O presidente Chávez cultivou o apoio na região pela sua atitude de confrontação com os estados unidos, que denuncia como império decadente e propenso à guerra. Chávez aumentou as vendas de petróleo a países anti-Ocidente, incluindo a Bielorrússia, Irão e Síria.

Para os analistas, a eleição de domingo foi a mais difícil para Chávez em quase 14 anos no poder. O seu opositor, Henrique Capriles, recebeu mais votos do que qualquer um dos seus anteriores rivais.

Resultados eleitorais indicam que cerca de 81% dos cerca de 19 milhões de eleitores foram às urnas.
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