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Mais antigo prisioneiro de França em liberdade condicional


Nascido no Egipto, Phillippe El Shennawy vai sair amanhã em liberdade condicional e era, em França, o símbolo das "penas sem fim". Condenado por assaltos qualificados à mão armada, um deles a uma agência bancária durante o qual fez reféns, deveria ser libertado apenas em 2032. Em liberdade condicional, será obrigado a usar pulseira electrónica durante pelo menos dois anos.

Na prisão, onde tinha o estatuto de estrela junto dos outros detidos, teve um percurso singular. Viveu 19 anos no maior isolamento, seis internado num hospital psiquiátrico e mudou 42 vezes de estabelecimento prisional. Tentou suicidar-se uma vez, passou várias semanas em greve da fome, evadiu-se duas vezes e estudou Direito, História e Informática no cativeiro, conseguindo diplomas nessas áreas. Em 2011, fez condenar a França pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por 'tratamento desumano e degradante na prisão".

Casado, Phillippe El Shennawy tem um filho concebido durante uma visita da sua mulher à prisão. A sua longa detenção provocou intenso debate em França. Em dezembro de 2012, dezenas de magistrados, advogados, filósofos, escritores, sociólogos e políticos publicaram um manifesto reclamando a sua libertação.
Além de "prisioneiro profissional", também era conhecido como sendo o "prisioneiro perpétuo".
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