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Mães de activistas questionam lucidez de Presidente angolano


Activistas Nito Alves e Mbanza Hamza
Activistas Nito Alves e Mbanza Hamza

Dos 14 detidos, apenas 3 jovens foram interrogados até ao momento que concluíamos a nossa edição. Os integrantes do chamado Movimento Revolucionário e outros activistas detidos no Sábado, 20, em Luanda, são acusados de estarem a preparar-se “para realizar actos tendentes a alterar a ordem e a segurança pública do país”, segundo nota do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Os jovens foram presos quando saíam do que consideram um curso de refrescamento baseado no livro “Ferramentas para destruir um ditador”, a ser lançado em breve por Domingos da Cruz.

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Os activistas cívicos que protestam o regime de José Eduardo dos Santos, estão a ser perseguidos desde Sábado ultimo supostamente por estarem a planificar distúrbios no país.

Os cerca de 14 detidos estão sem direito a visita dos seus parentes, e encontram-se em diversas unidades policiais da cidade de Luanda.

Familiares dos 14 jovens deslocaram-se esta manhã para a Direcção dos Serviços de Investigação Criminal, antiga DNIC, mas foram "corridos" pelas Forças de Intervenção Rápida, como denuncia Leonor, mãe do activista Manuel Nito Alves.

Já Leonor Odeth, mãe de Mbanza Hamza conta que a polícia invadiu a sua casa tendo levando também o seu computador pessoal, e questionou a lucidez do Presidente angolano, considerando que ler não constitui um acto de golpe de Estado.

Raul Mandela, activista presente na 29ª esquadra, onde decorrem as investigações, disse que continuam as perseguições e que na manhã de hoje, 23, mais duas residências foram vandalizadas pela polícia de investigação criminal que também revistou a residência de Carbono Casimiro, na passada Segunda-feira, 22.

"São carrasco, carniceiros, com sede de matar" (entrevista a Carbono Casimiro após a busca à sua casa

De recordar a Busca de prisão é a ferramenta, 195, dos 198 métodos que consta do livro “Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura - Filosofia Política da Libertação para Angola” de autoria de Domingos da Cruz, preso e gravemente espancado no dia 21, na província de Malange e de seguida encaminhado para as celas da antiga DNIC em Luanda.

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