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João Lourenço destaca crescimento impetuoso, mas não satisfaz todas as necessidades


João Lourenço presidiu acto do Dia da Paz
João Lourenço presidiu acto do Dia da Paz

Ministro da Defesa Nacional e vice-presidente do MPLA pede participação cívica nas eleições

O vice-presidente do MPLA e ministro da Defesa Nacional considerou que a paz e a reconciliação nacional permitiram ao Governo trabalhar seriamente para a melhoria de vida dos angolanos, mas reconheceu que esses esforço “está longe de satisfazer todas as necessidades”.

Ao presidir o acto central das comemorações oficiais do 15º. aniversário da paz e Reconciliação Nacional, no município da Caála, província do Huambo, João Lourenço encorajou também os cidadãos a participarem "de forma ordeira, com civismo e responsabilidade" nas eleições gerais de Agosto.

"Estamos confiantes, inspirados na sabedoria dos nossos antepassados, na fé e no patriotismo dos angolanos, que vamos realizar eleições livres e justas, onde todos os eleitores conscientemente terão a oportunidade, a liberdade de decidir pelo futuro de Angola", disse o também cabeça-de-lista do MPLA e que, no acto, substituiu o Presidente da República.

Lourenço destacou que “os angolanos que acreditaram ser possível ultrapassar as diferenças e fazer a paz já demonstraram ser capazes de construir um futuro melhor”, lembrando o facto de a paz conquistada em 2002 permitir a realização de eleições periódicas.

“A conquista da paz foi um acontecimento de grande importância histórica”, continuou o ministro da Defesa, que se referiu ao “discernimento do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que conduziu o país ao perdão e à reconciliação nacional”.

Ao considerar o 4 de Abril a segunda maior festa nacional, depois da Independência Nacional, apontou ainda ganhos como a" livre circulação de pessoas e bens, a recuperação de infra-estruturas e o aumento da oferta de serviços básicos à população".

Com a paz, referiu João Lourenço, “o país tornou-se mais competitivo do ponto de vista político e económico, aumentou a esperança de vida, as oportunidades de emprego, reduziu a taxa de analfabetismo e multiplicou o número de efectivos no sistema nacional de educação anterior à universidade”.

Apesar de vários indicadores “positivos” por ele elencados, o ministro da Defesa reconheceu que a satisfação plena de todas as necessidades da "grande maioria da população" não foram ainda atingidas, devido "ao elevado crescimento demográfico, agravado com a crise resultante da baixa dos preços do principal produto de exportação, o petróleo bruto".

Também conhecido como o Dia da Paz, o 4 de Abril marca a assinatura do Memorando de Entendimento, complementar ao Protocolo de Lusaca, assinado entre o Governo e a UNITA em 2002, colocando fim a uma longa guerra civil.

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