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Índia quer exportar mais medicamentos genéricos para África


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Especialistas de saúde alertam sobre o risco de genéricos piratas

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, discutiu, recentemente, com líderes de 50 países africanos a melhoria das infra-estruturas sanitárias do continente e a expansão da lucrativa indústria de medicamentos genéricos.

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Os medicamentos genéricos indianos são muito procurados no continente que se debate com complicações como diarreias, tuberculose, malária e alto índice de prevalência de HIV.

A indústria Indiana de medicamentos tornou-se líder mundial de produção e exportação de genéricos, que custam apenas uma fracção dos originais. As receitas de exportações atingiram 15 mil milhões de dólares, segundo algumas estimativas.

Muitos medicamentos genéricos usados no tratamento da Sida em África são importados da Índia.

Mas inspectores descobriram algumas fábricas que produzem medicamentos de baixa qualidade, o que é um atentado à saúde. Alguns têm ingredientes tóxicos e outros não curam nenhuma doença.

Roger Bate, especializado em economia de saúde, na American Enterprise Institute, uma organização de pesquisa baseada em Washington DC, tem conhecimento de medicamentos falsos de malária que foram enviados a África e está preocupado com o surgimento de mais fabricantes piratas.

“A Índia parece que segmenta o seu mercado. No geral, envia os melhores medicamentos para países como Estados Unidos, e os que não passam no controlo de qualidade envia aos países mais pobres, em particular os de África,” diz BATES.

A consultora de saúde global, Gaurvika Nayyar, confirma que os medicamentos feitos sem rigor e os contrafeitos são exportados para os países pobres.

Nayyar, que diz ter visitado algumas das fábricas, sublinha que conhecer o problema e fazer algo para travar são duas coisas diferentes.

Ela conta que amostras de medicamentos comercializados foram testadas para verificar a sua autenticidade e eficácia, mas o rastreio de medicamentos contrafeitos é muito complicado.

Muitos medicamentos genéricos servem para o que foram concebidos. E os países que os importam não querem fazer mal a ninguém.

Contudo, diz Bate, as autoridades de saúde dos países pobres têm um dilema: Boicotar os medicamentos é a melhor solução, mas na realidade é muito difícil fazer isso, porque pode resultar em grave escassez.

Os especialistas dizem que os países africanos estão também interessados em começar a produzir medicamentos genéricos, uma forma de estimular as suas economias e facilitar a o tratamento da população.

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