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Homossexuais em Cabo Verde queixam-se de discriminação


Cabo Verde Homossexualidade Mindelo Pride
Cabo Verde Homossexualidade Mindelo Pride

Apesar de ser o segundo país africano a receber uma parada de homossexuais e de reconhecer a liberdade de orientação sexual, o tema não está na agenda do país.

O debate sobre a homossexualidade em Cabo Verde, quatro anos depois da criação da Associação Gay Cabo-verdiana, que este fim-de-semana realizou o Mindelo Pride com forte tónica no acesso à saúde e à educação, está aberto, mas ainda em baixo tom.

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Apesar de ser o segundo país da África a receber este tipo de manifestações, o que acontece pela segunda vez, e de Cabo Verde ser o primeiro país da África lusófona a reconhecer constitucionalmente o direito à livre orientação sexual, os homossexuais queixam-se homofobia.

“Temos de quebrar o tabu e consciencializar esta população que todos somos seres humanos … faltam-nos ao respeito, queremos chegar a um lugar e sermos respeitados como gente e não como animais”, queixaram-se Anny e Steffi Lima à Televisão de Cabo Verde.

Elas e outros homossexuais dizerm ser vítimas de discriminação apesar de reconhecerem que o país é aberto em comparação com os restantes do continente africano. Aliás, Cabo Verde e a África do Sul são os únicos países africanos a receberam paradas de homossexuais.

João Costa, árbitro de futebol que há muito declarou a sua orientação sexual reclama da forma como, por exemplo, é atendido na saúde, mas diz ter o apoio dos homens do apito.

O Mindelo Pride deste fim-de-semana colocou tónica no acesso à saúde e à educação, sectores onde ainda os homossexuais dizem encontrar muitas dificuldades.

Se na saúde eles não têm acesso aos medicamentos hormonais de que necessitam, na escola não são bem acolhidos nem por colegas nem por professores, como diz Suzy: “Principalmente na escola há muita discriminação, não apenas da parte dos alunos e colegas, mas também dos professores”.

Recorde-se que dos 52 países africanos, 38 consideram a homossexualidade um crime, segundo dados da Amnistia Internacional que publicou uma lista de cinco países onde ser gay é punível com pena de morte: Sudão, Ugada, Somália, Mauritânia e Nigéria.

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