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Grevistas em Benguela ameaçados com despedimento


Grevistas concentrados junto ao Palácio do Governador de Benguela
Grevistas concentrados junto ao Palácio do Governador de Benguela

Sindicato disse que a greve é legítima e que os funcionários não vão se render às ameaças feitas pelo governador provincial

Greve em Benguela afecta serviços públicos

O sindicato provincial da Saúde, Administração Pública e Serviços de Benguela, acusa as autoridades da província de estarem a ameaçar despedir os mais de 3 mil funcionários das administrações municipais e do governo de Benguela que estão em greve desde a passada segunda-feira.

Estão por determinar os danos que a greve está provocar nos sectores da indústria e construção, bem como no sistema financeiro-bancário e seguros. Mas os transtornos são visíveis para a vida dos populares que recorrem às administrações para obtenção de documentos.

Custódio Kupessala, do Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços de Benguela
Custódio Kupessala, do Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços de Benguela

Em declarações â Voz da América, Custódio Kupessala, secretário provincial para assuntos jurídicos e informação daquele sindicato, disse que a greve é legítima e os funcionários não vão se render pelas ameaças feitas pelo governador provincial, Armando da Cruz Neto, e por administradores municipais.

“A posição dos trabalhadores é (legitima). Os funcionários continuam firmes a cumprir com aquilo que eles declararam.”

O sindicalista referiu, ainda, que a primeira fase da greve tem um período de cinco dias. A segunda arranca no próximo dia 28 de Maio e poderá ser por tempo indeterminado.

“O que está em causa são as promoções salarias, isto significa que os trabalhadores reclamam que os salários de base sejam uniformes para não haver aquilo que podemos chamar de discriminação salarial, disse o líder sindical, acrescentando que “o segundo ponto é relativo ao não pagamento das horas extra, subsídios de deslocações que estão previstos por lei.”

O governo de Benguela ainda não se pronunciou sobre o assunto. Enquanto o sindicato alega que a greve é última arma legal que trabalhadores estão a utilizar para reivindicar os seus direitos, depois de terem apresentado o seu caderno reivindicativo há cerca de um ano.

Durante a greve, estão apenas assegurados os serviços públicos mínimos, o fornecimento de energia e combustível dos transportes do governo.

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