PEQUIM (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse neste sábado que a região do Pacífico Sul não deveria se tornar uma arena para rivalidades entre grandes potências e que a sua assistência aos países ali é livre de condições políticas.
O Pacífico tornou-se uma fonte de intensa competição por influência entre Washington, que tradicionalmente o vê como o seu quintal, e Pequim, que tem como alvo os aliados diplomáticos de Taiwan.
Wang fez os comentários numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo da Papua Nova Guiné durante uma visita ao país.
"A região do Pacífico Sul não deve tornar-se uma arena para as grandes potências fazerem jogos, e nenhum país deve tratar os países insulares como o seu próprio 'quintal' ou envolver-se em jogos de soma zero e acordos de exclusão", disse Wang.
Ele disse que qualquer tentativa de provocar confronto na região do Pacífico Sul não atende às necessidades do seu povo.
"O envolvimento e a cooperação da China com os países insulares do Pacífico Sul são dedicados ao apoio e assistência mútuos para alcançar o desenvolvimento comum, sem qualquer interesse geopolítico", disse Wang.
Ele acrescentou que a China está disposta a manter intercâmbios de alto nível com a Papua Nova Guiné e a abrir negociações para acordos de comércio livre o mais rapidamente possível.
A Agência estatal Xinhua escreveu que Wang disse que todas as partes deveriam respeitar a escolha do povo das Ilhas Salomão e abster-se de interferir nos seus assuntos internos.
O primeiro-ministro pró-China das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, manteve o seu assento nas eleições nacionais, informou a imprensa local na sexta-feira.
As eleições de quarta-feira foram as primeiras desde que Sogavare assinou um pacto de segurança com a China, em 2022, e aproximou a nação das Ilhas do Pacífico de Pequim, em medidas que preocuparam os EUA e a Austrália devido ao potencial impacto na segurança regional.
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