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"Cultura do medo" em Angola limita activismo político dos cidadãos


Alves Kamulingue e Isaías Cassule, desaparecidos desde finais de Maio de 2012 (montagem de fotos cedidas pelas famílias)
Alves Kamulingue e Isaías Cassule, desaparecidos desde finais de Maio de 2012 (montagem de fotos cedidas pelas famílias)

“Eu penso que há necessidade de procurar mecanismos de defesa dos activistas sociais, mas é lamentável que nós ainda precisamos de falar de mecanismos de defesa".

A existência da cultura do medo em Angola leva à não participação dos cidadãos na vida pública, denuncia Carlos Cambuta porta-voz do da II Conferência Nacional sobre a Participação dos Cidadãos na Vida Pública.

Segundo Cambuta a cultura do medo por parte de muitos cidadãos é alimentada pelas perseguições e raptos, e está na base da não participação de muitos indivíduos na vida publica das suas comunidades.

"A existência da cultura do medo por parte de muitos cidadãos devido a insegurança, porque hoje entende-se que quem tem uma opinião diferente não faz parte do regime” disse. “Então, isso faz com que muita gente não procure participar na vida pública”.

Tendo como exemplo os dois jovens raptados, Isaias Cassule e Alves Kamulingue, aquando da tentativa da organização de uma manifestação no dia 27 de Maio deste ano, Cambuta disse haver necessidade de mecanismos de defesa dos próprios activistas.

“Eu penso que há toda uma necessidade de procurar encontrar mecanismos de defesa dos próprios activistas sociais, mas é lamentável que nós ainda procuramos falar de mecanismos de defesa, porque o que os activistas fazem é procurar contribuir com a sua opinião e pensamento, como especialistas de diversas matérias,” lamentou

Organizam o certame a ADRA, Mãos Livres, Fundo de Mulheres Jornalistas para Igualdade de Género, AJPD e a Plataforma Mulheres em Acção.

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