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Familiares reagem à prisão domiciliária dos activistas


Fernando Baptista, pai de Nito Alves
Fernando Baptista, pai de Nito Alves

De dois a oito policias à porta das residências dos réus.

Três dias após o início da prisão domiciliária dos 15 activistas acusados dos crimes de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado, um grupo de dois a oito polícias fazem a segurança das suas residências que, desde a passada sexta-feira, têm recebido amigos e familiares dos detidos.

Nito Alves e Albano Bingo Bingo estão na casa do primeiro e têm quatro polícias à porta, o que tem provocado reacções de Bingo Bingo, por ter sido uma decisão contra a vontade dele.

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Ao que a VOA apurou, a polícia não permitiu que Bingo Bingo ficasse na casa dele por motivos de segurança, uma vez que está localizada entre vários becos na zona da Estalagem.

O pai do Nito Alves, Fernando Baptista, disse que a prisão domiciliária não foi a mais adequada, defendendo a de Termo de Identidade e Residência.

“Eu gostaria que as autoridades tomassem outra medida e que de 15 em 15 dias eles se apresentassem”, disse.

A VOA esteve também na do Zango 4, onde está o preso Sedrick de Carvalho.

À porta estão quatro polícias e um reeducador, e, segundo Sedrick de Carvalho, de sexta-feira a domingo, passaram pela sua residência mais de 16 polícias.

Sedrick disse ainda que “a decisão é razoável porque há uma diferença entre estar em casa com a família e estar na cadeia”. disse.

Os visitantes de Carvalho, têm de apresentar o Bilhete de Identidade e entregar todo objecto que possa gravar ou fazer fotos, como o telefone celular.

Osvado Caholo, o único militar do grupo, tem sete polícias à porta e os visitantes devem apresentar o Bilhete de Identidade e o número de telefone.

A esposa de Domingos da Cruz, a quem é fácil visitar, reagiu à medida que diz ser gratificante pelos gastos que faziam.

“A regra é igualzinha, conforme estivesse na cadeia, a diferença é que compro a comida para casa e não para a cadeia, o que era muito custoso”, considerou.

De recordar que em carta aberta à sociedade, os activistas apelaram à cultura do perdão, depois de terem tido conhecimento de manifestações de ódio e vingança contra Vladimiro Piedade.

Piedade é, segundo a carta assinada por 10 dos 15 réus, um dos elementos que se infiltraram no grupo que se reunia com alguma frequência para estudar técnicas de activismo.

O jovem que se terá inflitrado no grupo, é também, segundo os últimos desenvolvimentos do caso, o autor do vídeo apresentado como prova em tribunal, que coloca Luaty Beirão e Domingos da Cruz como autores de uma alegada tentativa de golpe de Estado.

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