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Estados Unidos investigam eventual pagamento de suborno pela Embraer à LAM


Linhas Aéreas de Moçambique
Linhas Aéreas de Moçambique

Em causa a venda de dois jatos da fabricante brasileira à empresa de bandeira moçambicana em 2008.

As autoridades americanas investigam o pagamento de um suposto suborno da fabricante brasileira de aviões Embraer a moçambicanos durante a venda à companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) de dois jatos Embraer 190 em 2008.

O jornal Folha de São Paulo refere que a Embraer é alvo de investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde 2010 por causa da venda de aviões militares à República Dominicana.

A partir daí, a investigação foi ampliada a mais nove países nos quais a Embraer tem negócios e encontrou indícios de irregularidades em Moçambique, Índia e Arábia Saudita.

Ao que se sabe, os investigadores americanos centram a sua atenção em negócios feitos pela Embraer entre 2008 e 2010, tendo a transação entre a empresa brasileira e a LAM acontecido em 2008.

A investigação americana teve início quando, em 2008, a Embraer vendeu oito aviões Super Tucano ao Governo da República Dominicana no valor de 92 milhões de dólares, tendo, na altura, pago 3,5 milhões de dólares em luvas a um coronel reformado da Força Aérea e alguns deputados.

O assunto veio a público quando o antigo gestor da área de Defesa da empresa Albert Phillip Close revelou que a Embraer pagou comissões para conseguir vender aeronaves à petrolífera estatal saudita Saudi Aramco, em 2010.

Após esta denúncia, a Embraer, ainda segundo a mesma fonte, passou a a colaborar com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a SEC, o órgão que fiscaliza o mercado americano de acções , de modo a evitar problemas maiores, nomeadamente junto da Bolsa de Valores de Nova Iorque, onde a empresa brasileira faz transações.

Em comunicado, a Embraer disse que "desde 2011 tem informado publicamente que vem conduzindo uma ampla investigação interna e cooperando com as autoridades competentes".

A companhia, no entanto, recusou dar detalhes sobre o processo de venda dos aviões à LAM, mas adiantou que "expandiu voluntariamente o escopo da investigação, reportando sistematicamente a evolução do caso ao mercado” e reiterou estar a negociar um “acordo com as autoridades americanas".

Contactado pela VOA, uma fonte da LAM diz que, por agora, não cabe à empresa moçambicana reagir por não ter sido sequer chamada em nenhuma investigação.

Para a mesma fonte, cabe à Embraer responder.

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