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Estados Unidos intensificam combate ao Ébola


Washington vai enviar equipamento, medicamentos e 3.000 membros das forças armadas.

O Presidente Barack Obama anuncia hoje, 16, em Atlanta uma expansão da ajuda dos Estados Unidos no combate ao Ébola na África ocidental.

Barack Obama está esta tarde no Centro de Controlo de Doenças, conhecido pela sigla CDC, onde o seu director o, Tom Frieden, disse que a epidemia está a ficar fora de controlo.

O porta-voz da Casa Branca Josh Earnest disse a jornalistas que devido às suas capacidades, os Estados Unidos têm a responsabilidade única de intervir nessa crise internacional

“Os nossos médicos e cientistas estão entre os melhores do mundo e vamos enviar os seus conhecimentos e recursos para tentar ajudar alguns governos em África a satisfazerem as necessidades dos seus povos e a confrontarem este difícil desafio”, disse o porta voz.

Earnest não deu publicamente pormenores dos planos do Presidente mas tanto o New York Times como o Wall Street disseram hoje, nas suas primeiras páginas, que Obama vai oferecer à Libéria a construção de até 17 centros de tratamento de Ébola com cerca de 1700 camas.

Destacadas entidades da administração Obama disseram que o departamento de defesa americano vai abrir um centro de comando conjunto em Monróvia, a capital da Libéria, para coordenar a luta contra a doença.

As forças armadas americanas vão também construir outros centros de tratamento e vão enviar pessoas para treinar cerca de 500 trabalhadores de saúde.

Essas fontes disseram que as forças armadas americanas poderão enviar até três mil pessoas para se envolverem na luta contra o Ébola.

Estados Unidos prontos para fazer mais

O plano da Casa Branca prevê também o aumento do envio de médicos e outros trabalhadores de saúde do centro de controlo de doenças e de outras agências governamentais americanas.

O governo americano vai também fornecer 400.000 kits de tratamento e dezenas de milhar de kits para testes do Ébola.

Até agora os Estados Unidos já prometeram desde Março 100 milhões de dólares e o Centro de Controlo de Doenças enviou dez especialistas para a região.

O porta-voz da Casa Branca disse os Estados Unidos estão prontos a fazer mais.

“Fazer um investimento de modo atempado é vital para se eliminar o problema antes de se tornar num problema mais generalizado. Essa é a estratégia que estamos a tentar aplicar aqui, nomeadamente investir atempadamente” disse.

Numa recente entrevista ao programa da cadeia da televisão NBC, "Meet the Press", o Presidente Obama disse que embora o Ébola não seja uma ameaça iminente para os americanos, conter a epidemia é uma prioridade de segurança nacional.

“Se não fizermos este esforço agora e isto se alastrar não só através de África mas a outras partes do mundo, há possibilidade do vírus entrar em mutação. Nesse caso pode tornar-se de mais fácil transmissão e então isso poderá ser um perigo grave para os Estados Unidos” disse o Presidente.

Nessa entrevista, o Presidente Obama disse que as forças militares americanas irão ajudar na instalação de unidade de isolamento e irão também fornecer segurança a trabalhadores de organizações humanitárias internacionais a combaterem a epidemia.

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