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China: Estados Unidos preocupados com agravamento dos direitos humanos


Secretária Assistente Interina para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Uzra Zeya
Secretária Assistente Interina para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Uzra Zeya

Conversações bilaterais terminam em Kunming na China, com os americanos cada vez mais cépticos em relação ao respeito pelos direitos básicos dos chineses

Um alto membro do governo Americano disse que a situação dos direito humanos na China continua a agravar-se.

Uzra Zeya secretária assistente interina para a democracia, direitos humanos e trabalho, disse que as conversações realizadas no início desta semana na China pouco evoluíram de acordo com as expectativas americanas.

Foi a décima oitava ronda de conversações sobre os direitos humanos entre os responsáveis americanos e chineses, um tópico que Uzra Zeya disse ser imprescindível nos compromissos bilaterais entre Washington e Pequim.

A secretária assistente interina para democracia, direitos humanos e trabalho, disse reconhecer os avanços feitos pelos chineses em matéria de luta contra a pobreza, com centenas de milhares de cidadãos a melhorarem os seus rendimentos sociais, mas o país não fica ilibado dos falhanços em matéria dos direitos humanos que seriamente estão aquém dos padrões internacionais.

“Nós destacamos algumas de várias formas nas quais os cidadãos chineses cada vez mais a evocar sobre as expectativas que têm do governo, com respeito a corrupção, degradação do meio ambiente, segurança de trabalho e consumo, ausência do respeito pelo primado da lei, liberdades religiosas e outros aspectos da política governamental.”

As conversações que tiveram lugar na cidade de Kunming, ao sul da China, foram as primeiras desde que o presidente chinês Xi Jinping assumiu o cargo em Março deste ano. Organizações dos direitos humanos realçaram que desde que Xi subiu ao poder, as autoridades chinesas detiveram mais de uma dezena de activistas que apelavam aos membros do executivo para publicarem a lista dos seus bens.

A opressão tem tido lugar apesar do facto dos responsáveis chineses terem dado voz a favor de redução de gastos e de controlo das despesas públicas. Outros activistas têm sido presos por apelarem a libertação dos indivíduos que assinaram abaixo-assinados, e que se encontram detidos nas chamadas “cadeias negras.” Os centros de detenções secretos são métodos ilegais recorrentes do governo para silenciar os dissidentes.

“Nós realçamos que tais acções são contrárias as obrigações internacionais da China e de facto a maioria das garantias está prevista nas leis e constituição chinesas. Também demos parte da nossa profunda preocupação acerca de tentativas em silenciar os activistas através de pressões sobre os membros de suas famílias e associados.”

A China rotineiramente desmente essas acusações e as considera como ingerência em assuntos internos. O governo chinês também insiste que aqueles que se encontram detidos, estão a ser tratados com base na lei do país.

Apesar do reconhecimento do governo americano sobre o agravamento da situação dos direitos humanos na China, a Secretária Assistente Uzra Zeya alega que essas conversações não são vagos exercícios. Ela adianta que embora Washington e Pequim se divirjam sobre os direitos humanos, as expectativas da população em relação a uma governação mais transparente e responsável não têm sido estáticas desde o início dessas conversas há uma década.
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