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Embaixador americano finalmente acreditado em Angola


Embaixador americano em Luanda, Christopher J. McMullen
Embaixador americano em Luanda, Christopher J. McMullen

Christopher McMullen aguardava há seis meses a primeira audiência com o presidente angolano

O embaixador americano em Luanda, Christpher McMullen, apresentou hoje as suas credenciais ao presidente de Angola.

McMullen afirmou, depois do encontro com José Eduardo dos Santos, que os Estados Unidos mantêm o seu empenho em "ajudar Angola nos seus esforços para a diversificação da sua economia, fortalecer as práticas de boa governação, reforçar as instituições democráticas e melhorar o sistema sanitário do país".

O diplomata confessou ter "há muito tempo um fascínio por este país e um profundo respeito pelo povo Angolano. Durante a audiência, sublinhei que os Estados Unidos partilham a visão de uma Angola pacífica, próspera e democrática, que o Presidente dos Santos definiu no seu discurso sobre o Estado da Nação".

McMullen encontra-se na capital angolana há seis meses e o atraso na sua acreditação, apesar de nunca justificado oficialmente, é atribuído ao desagrado de Angola pelo encerramento das contas bancárias da sua embaixada em Washington, três vezes, por outros tantos bancos, em sete meses.

O governo americano afirmou insistentemente que o encerramento se devia a decisões soberanas dos bancos sobre as quais o executivo não tem qualquer poder legal, mas Angola nunca aceitou essa resposta e exigiu que Washington resolvesse o problema e lhe proporcionasse acesso a serviços bancários.

Primeiro o banco HSBC e depois, o Bank of America, encerraram as contas angolanas sem explicação, mas depois da revelação pública de transacções questionáveis envolvendo o banco central angolano. A embaixada conseguiu abrir contas num pequeno banco dos arredores de Washington - Sonabank - com uma carta de recomendação do Departamento de Estado, mas as mesmas foram encerradas menos de um mês depois. Angola já abriu contas num quarto banco as quais deverão estar operacionais em breve.

Uma fonte diplomática disse que McMullen foi recebido esta manhã pelo presidente José Eduardo dos Santos, a quem entregou as suas credenciais, num encontro descrito como "cordial".

A crispação entre Luanda e Washington esteve à vista durante boa parte do mês de Março, quando as autoridades angolanas retiveram, no porto do Lobito, um cargueiro americano que levava a bordo, entre outra carga humanitária, quatro contentores com munições adquiridas pelo ministério da Defesa do Quénia.

A retenção do cargueiro Maersk Constellation e o atraso na acreditação de McMullen foram vistos como represálias pelo incidente bancário. Devido ao "ruído de fundo" do caso Maersk, acabou por ser adiada, para data a marcar, uma visita a Washington do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Organização.

DECLARAÇÃO DO EMBAIXADOR McMULLEN (VERSÃO INTEGRAL)

EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
SECÇÃO DE IMPRENSA E CULTURA
LUANDA, ANGOLA

Para Publicação Imediata 31 de Março de 2011

DECLARAÇÃO DO EMBAIXADOR CHRISTOPHER J. MCMULLEN

ENTREGA DAS CARTAS CREDENCIAS

Bom dia.

Gostaria de agradecer à Sua Excelência, o Presidente José Eduardo dos Santos, por aceitar as minhas cartas credênciais. É uma honra para mim trabalhar na qualidade de Embaixador dos Estados Unidos na República de Angola. Há muito tempo que tenho um fascínio por este país, pelo que tenho um profundo respeito pelo povo Angolano.

Durante a audiência, eu sublinhei que os Estados Unidos partilham da visão de uma Angola pacífica, próspera e democrática, que o Presidente dos Santos definiu no seu discurso sobre o Estado da Nação. Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar Angola nos seus esforços para a diversificação da sua economia, fortalecer as práticas de boa governação, reforçar as instituições democráticas e melhorar o sistema sanitário do país.

Eu e o Presidente dos Santos discutimos a parceria estratégica entre os nossos dois países. Conforme disse o Presidente Obama, as parcerias da América com os seus amigos e aliados são guiadas por três princípios: respeito mútuo, responsabilidade mútua, e interesses mútuos. Os Estados Unidos e Angola têm o dever de definer e desenvolver esta parceria de maneira a avançar os interessses de ambos os povos.

A parceria Estados Unidos-Angola vai para além da relação entre os nossos governos. Temos fortes laços entre os dois povos, que inclui famílias com ligações em ambos os países. Por isso, tenho orgulho de que missionários e organizações não-governamentais Americanos trabalham em Angola durante décadas. Orgulha-me igualmente o facto de que milhares de Angolanos são ex-estudantes de Universidades Americanas e de programas de intercâmbio.

De igual forma, a crescente presença de empresas Americanas demonstra a importância ascendente do nosso relacionamento comercial. O comércio e o investimento entre os Estados Unidos e Angola beneficiam o povo de ambos os países. Saúdo o Presidente dos Santos pelas reformas económicas que Angola tem operado; essas reformas constituem passos cruciais na direcção de uma maior diversificação económica e de um crescimento mais equitativo.

Espero conitnuar a edificar o trabalho dos meus antecessores no forjamento de laços mais fortes, não apenas, com o Governo de Angola, mas também, com o povo Angolano. Eu e a minha esposa, Laurel, estamos ansiosos de conhecer de perto o povo e a cultura deste país ricamente diverso.

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