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Activista diz que em Cabinda "ninguém pode abrir a boca"


Situação no enclave foi debatida em Luanda sem a presença de representantes do Governo.

"Em Cabinda a paz ainda não é uma realidade", foi uma das teses defendidas pelos participantes na mesa redonda da Omunga que tentou juntar na mesma mesa activistas cívicos de Cabinda e representantes da Presidência da República, do Executivo angolano e dos partidos políticos.

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Entretanto, apesar de convidados, os representantes do poder não compareceram à mesa redonda.

A motivação, segundo José Patrocínio, da organização, é trazer novamente à baila a discussão deste assunto.

"Sentimos que a situação de Cabinda tem estado um pouco abafada, está no esquecimento da nossa agenda nacional de debates e os últimos acontecimentos demonstram que é necessário conversarmos", disse.

O Bloco Democrático se fez presente pelo seu secretario geral, o economista Filomeno Vieira Lopes, que considerou o actual plano de desenvolvimento para Cabinda desajustado.

Um dos que se dizem sentir-se marginalizados é o padre de Cabinda Casemiro Congo diz já não se surpreender com a perseguição que sofre.
"Eu já estou habituado que enquanto houver o MPLA e esse Governo de Angola eu não terei paz em Cabinda”, afirmou.

“Eu já aceitei esta minha condição de eterno escravo e prisioneiro, sei que a minha igreja só é perseguida por ser eu à frente daquilo e porque a minha igreja tem representado uma alternativa de vida daquelas populações de Cabinda", acrescentou, fazendo referência ao facto de as autoridades quererem encerrar a sua igreja.

O activista cívico José Marcos Mavungo disse que Cabinda ainda não está em paz. " Há ainda um conflito em Cabinda, ela está militarizada, vivemos em Cabinda sob a lei do chicote: Ninguém pode abrir a boca, criticar, todos os dias mesmo no local de serviço somos perseguidos e discriminados", denunciou.

Para além do Bloco Democrático, a Unita foi outro partido presente na mesa redonda organizada pela Omunga, com suporte da Open Society.

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