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Dhlakama assegura que regiões autonómas vão ser realidade


Afonso Dhlakama
Afonso Dhlakama

Afrmação foi feita na abertura da reunião da Conselho Nacional da Renamo.

André Baptista

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, garantiu nesta terça-feira, na Beira, que o projecto das provincias autonómas será implementado em Moçambique, por considerar ser o único modelo sustentável para manter a paz e a democracia.

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“Não podemos ficar indiferentes à arrogância do poder e, a bem ou mal, o projecto das provincias atonómas deverá ser implementado”, declarou Dhlakama, salientando que não pretende criar a independência das províncias, minimizando a posição do Presidente da República Filipe Nyusi, de que a divisão do país comprometiria o desenvolvimento.

A Renamo está reunida desde hoje na Beira na V sessão do Conselho Nacional para avaliar a reprovação do ante-projecto das provincias autonómas e traçar estratégias para o futuro do país, numa reunião que decorre nas vésperas do fim do prazo de 60 dias dado pelo líder da Renamo ao Governo para implementar o seu projecto de províncias autónomas.

“A partilha de poder seria o primeiro passo para a descentralização da administração do Estado”, referiu Afonso Dhlakama, considerando que foi “sabia a decisão” da Renamo de criar seis provincias autonómas no centro e norte de Moçambique, e que a sua aprovação seria “inteligente” da parte da Frelimo.

O responsável da Renamo reconheceu que o Conselho Nacional reúne-se num momento critico, por as decisões terem “implicações sérias para o futuro do país”, apelando para um debate severo para salvar o regime democrático e a paz no país.

“Lutamos 16 anos para que o povo vivesse uma verdadeira liberdade democrática, lutamos 18 meses para que fosse aprovada a lei eleitoral, e não sei quanto tempo será necessário para que se aprove o projecto de lei das autarquias provinciais pela Frelimo”, frisou Afonso Dhlakama.

Entretanto, ele recuou da sua posição, manifestada segunda-feira, de que estaria disposto a “reeditar uma guerra de Muxúnguè”, caso a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, insistisse em não renegociar o projeto de lei.

Recorde-se que a Renamo submeteu em Fevereiro um projecto de lei das provincias autonómas a Assembleia da Republica, que em Abril foi chumbado com voto maioria da Frelimo.

Apesar da reprovação do projecto-lei, Afonso Dhlakama tem vindo a dirigir sessões de formação a quadros, simpatizantes e militantes do partido, no âmbito da preparação da chamada governação autárquica provincial.

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