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Deputada da Renamo acusa Polícia de Moçambique de "terrorismo de Estado"


Ivone Soares, deputada da Renamo
Ivone Soares, deputada da Renamo

Polícia impediu marcha da Renamo em Maputo por falta de autorização.

A Polícia da República de Moçambique impediu, na manhã desta terça-feira, a realização de uma marcha de militantes da Renamo, o principal partido da oposição moçambicana, por falta da devida autorização.

A chefe da bancada da parlamentar da Renamo, Ivone Soares, disse que o Estado protagonizou terrorismo democrático ao impedir a actividade política do seu partido.

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Depois de o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter anunciado que pretende governar nas seis provinciais onde alegadamente venceu as eleições de Outubro de 2014, o partido pretendeu marchar pelas principais artérias da cidade de Maputo.

No entanto, a forte presença policial que se fez sentir no local com várias unidades, incluindo a polícia canina, impediu a realização da marcha.

"O que está a acontecer em Moçambique é terrorismo de Estado, isto é extremamente grave para um Estado que se diz de Direito democrático, quando um partido político organiza as suas actividades e gentilmente comunica às instâncias responsáveis pela segurança, no mínimo deve-se garantir a segurança. Mas em Moçambique quando organizamos actividades somos vítimas, somos alvo...como vê estão fortemente armados, trouxeram carros de guerra, não sei se nós aqui representamos ameaça para alguém estão a disparar indiscriminadamente e depois dizem que querem diálogo. Na que diálogo o governo da Frelimo quer quando nos impede de fazer as nossas actividades pacificamente", denunciou Ivone Soares.

A deputada disse que apenas tratava-se de uma reunião que culminaria com uma passeata pelas artérias de Maputo para encerrar as actividades políticas de 2015, algo que foi impedido pelas autoridades.

"Neste momento estamos aqui a fazer a última actividade como deputados em visita a nossa delegação da cidade de Maputo, então que democracia é está?", questionou Soares.

A polícia alega que a Renamo não tinha a devida autorização para a marcha porque o partido não seguiu a Lei das Manifestações, no que diz respeito ao prazo e percurso a observar na marcha.

O porta-voz da corporação, Orlando Mudamane, confirmou a detenção de seis membros da Renamo, por desacato às autoridades.

"Eles foram retidos em algumas esquedras, para serem identifcados e depois desse trabalho de identificação com certeza serão restituídos à liberdade", disse Modumane para acrescentar que "a essas alturas da quadra festiva, qualquer acção que atente contra a ordem pública será estancada pela polícia".

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