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CPLP apela ao respeito pela Constituição na Guiné-Bissau


Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da CPLP (foto de arquivo)
Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da CPLP (foto de arquivo)

Secretário-executivo, Domingos Simões Pereira, pede que se cumpra o prazo para as eleições ou seja criado consenso para outra data

O secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, exortou todas as entidades guineenses a "cumprirem as disposições legais" na resposta à morte do Presidente Malam Bacai Sanhá.

Numa entrevista à Voz da América, Simões Pereira, disse acreditar que os guineenses estão "eengajados em assegurar um clima de tranquilidade".

A Constituição guineense prevê que os poderes do Presidente da República sejam temporariamente transferidos para o Presidente do Parlamento, e que sejam realizadas eleições presidenciais, num prazo de 60 dias.

Domingos Simões Pereira, que é, também, um diplomata guineense, disse esperar que "ou se cumpra o prazo legalmente estabelecido, ou se estabeleça o consenso necessário para se marcar uma data que realisticamente seja possivel", para a realização as eleições destinadas à escolha do sucessor do falecido presidente.

Aquele diplomata lamentou, a título pessoal, o falecimento de Malam Bacai Sanhá, que descreveu como um "homem de grande calibre e dimensão". Mas não crê que o receio de vazio político criado pela sua morte seja pretexto para instabilidade.

Rejeita, ainda, que a tentativa de golpe de 26 de Dezembro tenha resultado da fraca saúde do Presidente: "Não vou nessa linha," disse, notando que se encontrava em Bissau naquela data.

Segundo ele, "os guineenses "estão engajados em assegurar um clima de tranquilidade" considerando necessário "não perder tempo nessas conjecturas" que falam de instabilidade devido a um vazio político "e criar consenso interno para assegurar a todas as partes a clareza do jogo politico que irá acontecer".

Sobre a viabilidade da realização de eleições presidenciais em 60 dias, disse que "as condições objectivas para a realização do acto eleitoral devem ser analisadas em termos internos e internacionais".

Mas, notou, "mais do que avaliar o realismo (desse prazo), todos, incluindo a comunidade internacional, devemos dispor-nos a apoiar a Guiné-Bissau."

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