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Companhias chinesas têm de obedecer às leis angolanas, diz presidente da AIA


José Severino afirma que não se pode admitir que as empresas chinesas não sejam contribuintes fiscais nem observem a lei geral do trabalho do país.

O Presidente da Associação Industrial Angolana (AIA) José Severino disse que as empresas chinesas que operam em Angola têm que obedecer à legislação angolana.

Companhias chiensas devem obedecer às leis de Angola, diz presidente da AIA - 2:10

Em conversa com a VOA, Severino manifestou-se optimista de que os números relacionados com um novo empréstimo da China a Angola serão eventualmente revelados apesar de até agora estarem rodeados de segredo.

A imprensa fale em valores superiores a 20 mil milhões de dólares.

Mas para o presidente da AIA a sua preocupação é outra: "A actividade de empresas chinesas em Angola tem que se conformar com a nossa legislação”, disse.

“Não se pode admitir mais que as empresas chinesas não sejam contribuintes fiscais, não observem as normas da lei geral do trabalho do país”, acrescentou aquele responsável, afirmando ainda que as actividades das empresas chinesas devem ser compatibilizadas com os interesses das empresas angolanas.

O também conselheiro do Presidente da República pediu que se esclareça se os fundos que Angola vai obter da China são um financiamento ou um investimento.

"Inverte-se sempre esta questão, confundindo-se investimento com financiamento, sobretudo a comunicação estatal, ao invés de dizer que se trata de um financiamento, chamam-lhe investimento, o que não corresponde à verdade”, explicou.

Para o economista Faustino Mumbika, o facto de não se revelar os valores do montante que vai envolver os dois países representa “um atentado à transparência”.

“É inconcebível que se parta para relações bilaterais com segredos”, declarou sublinhando que “os agentes do Estado não estão a forjar relações interpessoais”.

Para Mumbika, os números das relações económicas entre a China e Angola são escondidos porque o partido no poder “utiliza recursos (do Estado) nas eleições” e também porque parte desses recursos é desviada para “interesses particulares”.

Outra razão do segredo, disse, é para “limitar ao máximo o sector crítico e fiscalizador da própria sociedade angolana"

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