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Co-piloto da Germanwings sofreu depressão e recebeu tratamento psiquiático


Andreas Lubitz
Andreas Lubitz

Nos Estados Unidos foi "reprovado" no estágio e colocado na categoria de pessoas que necessitam de acompanhamento médico.

O co-piloto Andreas Lubitz que, segundo o procurador de Marselha, fez despenhar o avião da Germanwings na passada terça-feira, 24, recebeu tratamento psiquiátrico depois de ter sofrido uma forte depressão e tinha problemas graves, segundo documentos internos da Luftansa, a companhia dono da operadora de baixo custo.

A conclusão é de investigadores que durante quatro horas revistaram a casa de Lubitz, onde não encontraram qualquer carta de suicídio, mas “indícios significativos”, de acordo com o jornal inglês Telegraph

Os investigadores recolheram vários materiais encontrados e um computador que agora serão analisados.

Horas depois de terminada a investigação, o ministro alemão do Interior admitia que "segundo as provas recolhidas", estava descartada a hipótese de atentado terrorista, deixando tudo em aberto.

O jornal alemão Der Spiegel escreve na sua edição de hoje que, segundo uma amiga, o co-piloto sofreu uma forte depressão enquanto estava a frequentar a formação, facto que se ajusta a documentos da Luftahnsa que indicam que Andreas Lubitz recebeu tratamento psiquiátrico durante 18 meses.

O Daily Mail, de Londres, vai mais longe e diz que ele recebeu tratamento até o dia do acidente que vitimou 150 pessoas.

Entretanto, a revelação mais forte surge dos Estados Unidos. No estágio em Phoenix, por onde passam todos os candidatos a pilotos da Lufthansa, Andreas Lubitz tinha sido colocado na lista dos considerados "inaptos" a voar. No dossier havia menção à figura SIC, acrónimo que remete para a necessidade de acompanhamento médico especial.

O presidente da Lufthansa, proprietária da Germanwings, Carsten Spohr disse que Lubitz nunca recorreu ao sistema que permite aos funcionários da companhia reportarem os seus problemas ou os de outros, sem qualquer punição. "Todas as redes de segurança das quais nos orgulhamos não funcionaram neste caso", concluiu.

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